Palmeiras zera dívida com Paulo Nobre sete anos antes do prazo
são paulo O Palmeiras zerou a dívida que possuía com o ex-presidente Paulo Nobre, mandatário do clube alviverde entre 2014 e 2016.
O pagamento final foi realizado na última sexta-feira (4) e zerou um fundo de R$ 104,8 milhões, que havia começado a ser quitado em maio de 2015. A previsão inicial do Conselho Deliberativo palmeirense era de que o processo levasse dez anos, mas durou apenas três.
Além desse fundo, havia outro menor, de cerca de R$ 41,3 milhões, que já havia sido quitado em fevereiro de 2017. Com isso, o Palmeiras não tem mais dívidas com fundos ou bancos.
A quitação da dívida com Nobre era uma das principais metas da gestão de Maurício Galiotte, iniciada em dezembro de 2016. O presidente anterior havia tirado mais de R$ 140 milhões do próprio bolso, em valor corrigido, para injetar dinheiro no clube durante seu mandato.
Atualmente, Galiotte e Nobre estão em lados opostos na política palmeirense.
A gestão de Galiotte tem se caracterizado por um forte aumento das rendas, relacionado principalmente aos patrocínios e aos ingressos de bilheteria. Mesmo com a dívida tendo crescido R$ 67 milhões em 2017, atingindo total de R$ 462 milhões, a situação financeira do clube é considerada favorável.
No ano passado, a receita alviverde foi de R$ 504 milhões, a maior do estado de São Paulo. No cenário nacional, foi menor apenas que a do Flamengo, que incrementou sua receita com a venda do jovem atacante Vinícius Júnior para o Real Madrid por R$ 164 milhões.
A dívida palmeirense deve subir ainda mais com a inclusão de novos débitos com a Crefisa, principal patrocinadora do clube, por mudanças contratuais. O clube terá que quitar um valor de R$ 120 milhões com a empresa pois a Receita Federal passou a entender que os aportes financeiros da patrocinadora são empréstimos, e que, portanto, precisam ser devolvidos.