Academia Sueca permite saída de membros para resolver crise após escândalo sexual
A Academia Sueca, que concede o Nobel de Literatura, permitiu nesta segunda-feira (7) a saída de quatro de membros, após o escândalo sexual na instituição.
Os membros da academia tinham cargos vitalícios e, quando anunciavam seu afastamento, sua cadeira ficava vaga até a morte deles. Mas o rei sueco, Carl 16º Gustaf, patrono da instituição, mudou o estatuto da instituição, como forma de resolver a crise.
Lotta Lotass, Klas Östergren e Sara Stridsberg foram autorizados a deixar a Academia Sueca, afirmou a instituição em um comunicado.
Kerstin Ekman, a quarta a sair da casa, estava afastada desde 1989, quando a Academia se negou a condenar a sentença de morte emitida pelo Irã contra o escritor britânico Salman Rushdie..
A instituição está mergulhada numa crise desde o ano passado, quando um jornal local publicou depoimentos de 18 mulheres que acusavam Jean-Claude Arnault, figura influente na cultura sueca, de assédio sexual.
Arnault é casado com Katarina Frostenson, poeta e membro da Academia, e também está envolvido em suspeitas de corrupção.
A Academia já anunciou que não haverá Nobel de literatura em 2018. Dois troféus serão concedidos em 2019.