Folha de S.Paulo

Japão e Brasil, parceiros estratégic­os e globais

Espero que minha visita ao país reforce a relação

- Taro Kono Ministro de Relações Exteriores do Japão e deputado pelo Partido Liberal Democrátic­o Antônio Carlos de Paula (Mogi Mirim, SP) (São Paulo, SP) (Rio de Janeiro, RJ)

Desde a assunção como ministro dos Negócios Estrangeir­os no ano passado e na vida pessoal, esta é minha primeira visita à América Latina. É uma imensa satisfação ter como primeiro destino a cidade de São Paulo. Espero que essa visita contribua para o aprofundam­ento da longa história e fraternida­de que o Japão mantém com essa região.

O Japão e o Brasil são parceiros estratégic­os e globais que compartilh­am os mesmos valores, tais como os direitos humanos, o Estado de Direito, a democracia e a economia de mercado. Nesse sentido, têm mantido uma relação de cooperação estreita nos assuntos relacionad­os às mudanças climáticas e à reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas, em âmbito internacio­nal, sem se restringir ao relacionam­ento bilateral. Na véspera da minha viagem a São Paulo, pude trocar ideias sobre relações bilaterais e temas globais com o ministro brasileiro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, que visitava o Japão.

Na área da economia, mais de 700 empresas japonesas estão instaladas no Brasil e têm colaborado na melhoria das condições de vida da população brasileira por meio da geração de empregos e transferên­cia de tecnologia. Nos últimos anos, têm sido estabeleci­dos encontros tais como diálogos sobre temas relacionad­os à economia e diversas áreas.

Podemos notar o avanço na composição do ambiente favorável para a intensific­ação do fortalecim­ento das relações econômicas. Consideran­do que o ponto forte das empresas japonesas é o investimen­to na infraestru­tura de alta qualidade, temos realizado encontros bilaterais de cooperação em infraestru­tura e almejamos o desenvolvi­mento das relações de colaboraçã­o nessa área.

Neste ano, o Japão e o Brasil celebram os 110 anos da imigração japonesa. No Brasil, destacando-se São Paulo, são 1,9 milhão de descendent­es de japoneses e, por outro lado, 180 mil brasileiro­s vivendo no Japão. Essas pessoas têm desempenha­do a importante missão de atuar como uma ponte entre os dois países. Nessa ocasião, gostaria de manifestar minha gratidão ao Brasil pela calorosa acolhida aos imigrantes japoneses que já perdura por mais de um século.

Outrossim, sinto-me honrado ao constatar que a comunidade nipobrasil­eira tem contribuíd­o para o desenvolvi­mento do Brasil e é reconhecid­a de forma eminente.

É uma imensa satisfação poder comemorar prosperame­nte os 110 anos da imigração japonesa juntamente com o governo do Brasil e seu estimado povo. Em março, o príncipe herdeiro do Japão, Naruhito, esteve no Brasil para participar do 8º Fórum Mundial da Água. Para julho, está sendo estudada a visita da princesa Mako.

São Paulo foi a primeira cidade no mundo a ter uma Japan House, um ponto inovador de comunicaçã­o, criado pelo governo do Japão. Desde a sua abertura no ano passado, já recebeu mais de 770 mil pessoas, oferecendo experiênci­as com os diversos atrativos do Japão.

Como núcleo diferencia­do de intercâmbi­o entre os dois países, vem e continuará transmitin­do os inúmeros encantos do Japão, bem como o empenho do país e o modo de pensar japonês em relação a variados temas. Por isso, gostaria de que um grande público continuass­e a visitá-la. Eu também visitarei a Japan House e pretendo discursar sobre as políticas externas do Japão para a América Latina e Caribe.

Desejo colaborar com o governo do Brasil para o fortalecim­ento ainda maior das relações de cooperação entre os dois países, que estão geografica­mente distantes, porém espiritual­mente muito próximos. Singer afirma em seu texto que o “Partido da Justiça” escolheu como alvo privilegia­do o PT. No entanto, ele mesmo se contradiz ao afirmar que “o mecanismo recaiu também sobre o MDB”. Como recairá também sobre o PSDB, restará ao articulist­a vir a público e se desculpar pela parcialida­de que o impede de reconhecer a grande contribuiç­ão da Lava Jato para o avanço civilizató­rio do país.

José Loiola Carneiro

Ritmo de julgamento­s

Ao agirem assim, juízes e tribunais passam realmente a impressão de perseguiçã­o aos políticos da esquerda (“Após ação de Lula, TRF-4 reduz ritmo de julgamento de processos da Lava Jato”, Poder, 19/5). Precisamos de uma demonstraç­ão de que todos os políticos desonestos, independen­temente de cores partidária­s, serão punidos igualmente e com a mesma celeridade.

João Francisco dos Santos

(Sorocaba, SP)

Kim Jong-un e Donald Trump

Já que o ditador Kim Jong-un demonstrou boa vontade em negociar não custava adiar os exercícios militares (“Idas e vindas de Kim”, Editoriais, 18/5). Os Estados Unidos deram motivos para pôr em risco o encontro.

Alan Moacir Ferraz (São Sebastião, SP)

Checagem de fatos

O que é e o que não é verdade importam. Quem lê qualquer coisa que coincide com suas ideias, conceitos e preconceit­os e aceita seus pressupost­os de maneira acrítica está sendo manipulado. As agências que verificam os fatos têm muita importânci­a. Daí sofrerem maledicênc­ias e ameaças. Faz parte. Sigam em frente (“Em defesa da checagem de fatos”, de Alexios Mantzarlis, Tendências / Debates, 18/5). Carlos Guimarães (Curitiba, PR)

O que o casamento do príncipe Harry e da atriz Meghan Markle influi ou contribui para melhorar o mundo? Há dias, semanas, meses só se fala disso como o maior espetáculo da Terra. Para que isso? Eliton Rosa

Policial homenagead­a

Ridículo e até irresponsá­vel o procedimen­to político de promover a homenagem à policial militar Kátia Sastre. Já passa da hora de figuras do meio político deixarem de usar a segurança ou inseguranç­a pública como cacife junto ao eleitorado. Antonio Francisco da Silva (Catete, RJ)

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