Japão e Brasil, parceiros estratégicos e globais
Espero que minha visita ao país reforce a relação
Desde a assunção como ministro dos Negócios Estrangeiros no ano passado e na vida pessoal, esta é minha primeira visita à América Latina. É uma imensa satisfação ter como primeiro destino a cidade de São Paulo. Espero que essa visita contribua para o aprofundamento da longa história e fraternidade que o Japão mantém com essa região.
O Japão e o Brasil são parceiros estratégicos e globais que compartilham os mesmos valores, tais como os direitos humanos, o Estado de Direito, a democracia e a economia de mercado. Nesse sentido, têm mantido uma relação de cooperação estreita nos assuntos relacionados às mudanças climáticas e à reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas, em âmbito internacional, sem se restringir ao relacionamento bilateral. Na véspera da minha viagem a São Paulo, pude trocar ideias sobre relações bilaterais e temas globais com o ministro brasileiro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, que visitava o Japão.
Na área da economia, mais de 700 empresas japonesas estão instaladas no Brasil e têm colaborado na melhoria das condições de vida da população brasileira por meio da geração de empregos e transferência de tecnologia. Nos últimos anos, têm sido estabelecidos encontros tais como diálogos sobre temas relacionados à economia e diversas áreas.
Podemos notar o avanço na composição do ambiente favorável para a intensificação do fortalecimento das relações econômicas. Considerando que o ponto forte das empresas japonesas é o investimento na infraestrutura de alta qualidade, temos realizado encontros bilaterais de cooperação em infraestrutura e almejamos o desenvolvimento das relações de colaboração nessa área.
Neste ano, o Japão e o Brasil celebram os 110 anos da imigração japonesa. No Brasil, destacando-se São Paulo, são 1,9 milhão de descendentes de japoneses e, por outro lado, 180 mil brasileiros vivendo no Japão. Essas pessoas têm desempenhado a importante missão de atuar como uma ponte entre os dois países. Nessa ocasião, gostaria de manifestar minha gratidão ao Brasil pela calorosa acolhida aos imigrantes japoneses que já perdura por mais de um século.
Outrossim, sinto-me honrado ao constatar que a comunidade nipobrasileira tem contribuído para o desenvolvimento do Brasil e é reconhecida de forma eminente.
É uma imensa satisfação poder comemorar prosperamente os 110 anos da imigração japonesa juntamente com o governo do Brasil e seu estimado povo. Em março, o príncipe herdeiro do Japão, Naruhito, esteve no Brasil para participar do 8º Fórum Mundial da Água. Para julho, está sendo estudada a visita da princesa Mako.
São Paulo foi a primeira cidade no mundo a ter uma Japan House, um ponto inovador de comunicação, criado pelo governo do Japão. Desde a sua abertura no ano passado, já recebeu mais de 770 mil pessoas, oferecendo experiências com os diversos atrativos do Japão.
Como núcleo diferenciado de intercâmbio entre os dois países, vem e continuará transmitindo os inúmeros encantos do Japão, bem como o empenho do país e o modo de pensar japonês em relação a variados temas. Por isso, gostaria de que um grande público continuasse a visitá-la. Eu também visitarei a Japan House e pretendo discursar sobre as políticas externas do Japão para a América Latina e Caribe.
Desejo colaborar com o governo do Brasil para o fortalecimento ainda maior das relações de cooperação entre os dois países, que estão geograficamente distantes, porém espiritualmente muito próximos. Singer afirma em seu texto que o “Partido da Justiça” escolheu como alvo privilegiado o PT. No entanto, ele mesmo se contradiz ao afirmar que “o mecanismo recaiu também sobre o MDB”. Como recairá também sobre o PSDB, restará ao articulista vir a público e se desculpar pela parcialidade que o impede de reconhecer a grande contribuição da Lava Jato para o avanço civilizatório do país.
José Loiola Carneiro
Ritmo de julgamentos
Ao agirem assim, juízes e tribunais passam realmente a impressão de perseguição aos políticos da esquerda (“Após ação de Lula, TRF-4 reduz ritmo de julgamento de processos da Lava Jato”, Poder, 19/5). Precisamos de uma demonstração de que todos os políticos desonestos, independentemente de cores partidárias, serão punidos igualmente e com a mesma celeridade.
João Francisco dos Santos
(Sorocaba, SP)
Kim Jong-un e Donald Trump
Já que o ditador Kim Jong-un demonstrou boa vontade em negociar não custava adiar os exercícios militares (“Idas e vindas de Kim”, Editoriais, 18/5). Os Estados Unidos deram motivos para pôr em risco o encontro.
Alan Moacir Ferraz (São Sebastião, SP)
Checagem de fatos
O que é e o que não é verdade importam. Quem lê qualquer coisa que coincide com suas ideias, conceitos e preconceitos e aceita seus pressupostos de maneira acrítica está sendo manipulado. As agências que verificam os fatos têm muita importância. Daí sofrerem maledicências e ameaças. Faz parte. Sigam em frente (“Em defesa da checagem de fatos”, de Alexios Mantzarlis, Tendências / Debates, 18/5). Carlos Guimarães (Curitiba, PR)
O que o casamento do príncipe Harry e da atriz Meghan Markle influi ou contribui para melhorar o mundo? Há dias, semanas, meses só se fala disso como o maior espetáculo da Terra. Para que isso? Eliton Rosa
Policial homenageada
Ridículo e até irresponsável o procedimento político de promover a homenagem à policial militar Kátia Sastre. Já passa da hora de figuras do meio político deixarem de usar a segurança ou insegurança pública como cacife junto ao eleitorado. Antonio Francisco da Silva (Catete, RJ)