Folha de S.Paulo

Dólar alto deverá ajudar gigante agrícola a alcançar receita recorde

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A desvaloriz­ação do câmbio deve contribuir para o resultado de empresas do agronegóci­o no Brasil. O dólar bateu em R$ 3,77 na sexta-feira (18). Na Cargill, vai contribuir para um resultado recorde, segundo o diretor-presidente, Luiz Pretti. “O dólar mais alto ajuda no balanço. Estimo que a receita alcance R$ 40 bilhões pela primeira vez.” Se concretiza­da a previsão, será um aumento de 17% em relação ao faturament­o de 2017. “A Cargill vai bem na volatili- são as fábricas da Cargill é o total de portos são os funcionári­os

dade. Tem uma área de inteligênc­ia e é a única a ter banco.” Os investimen­tos devem voltar a crescer no ano que vem. A estimativa é que sejam aportados cerca de R$ 600 milhões —foram R$ 420 milhões em 2017. Será preciso ampliar alguns empreendim­entos, como portos, que se aproximam de sua capacidade máxima.

“Traders”, como a Cargill, são as principais beneficiad­as pela valorizaçã­o do dólar porque contratara­m a compra da produção com a cotação mais baixa, e receberão os grãos com câmbio alto, diz André Nasser, da Associação de Empresas de Óleos Vegetais.

A cadeia da soja também se beneficia da seca na Argentina, que fará com que o país vizinho tenha uma safra ruim.

O país deverá exportar 18% a mais em 2018, calcula Nasser. “A grande razão da melhora de margem do setor no país tem a ver com a Argentina.”

Não para a Cargill, diz Pretti. “É indiferent­e. Ajuda o segmento agro no país e prejudica também —tem preço maior para venda, mas quem consome o produto processado precisará pagar mais.”

A empresa também tem produtos finais, lembra. Sobe número de paulistano­s com reserva financeira 80,6 80,4 74,5 83,1

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Adriano Vizoni/Folhapress Luiz Pretti, diretor-presidente da empesa de alimentos

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