Folha de S.Paulo

Revelações se enfrentam em clássico pelo Brasileiro

- -Alinne Fanelli Agora

SÃO PAULO SANTOS

16h, Morumbi

Na TV: Pay-per-view são paulo Liziero, 20, imaginava que quando subisse para o profission­al, seria aos poucos. Não foi assim. Em 11 de março estava de folga em casa. No dia seguinte, entrou em campo pelo São Paulo contra o Red Bull, pelo Paulista.

Ele é a face mais visível do CT de Cotia, que o São Paulo gostaria de transforma­r em grife tão conhecida quanto a dos Meninos da Vila.

A sempre referência no futebol de base nacional tem no atacante Rodrygo, 17, um de seus principais representa­ntes na atualidade.

Liziero e o atacante santista enfrentam-se neste domingo (20), às 16h, no Estádio do Morumbi, no clássico entre São Paulo e Santos, pela sexta rodada do Brasileiro.

Rodrygo é Menino da Vila, mas poderia ser visto como cria de Cotia. Ele jogava futsal pelo São Paulo aos 8 anos. Aceitou proposta para trocar de clube e ir para o Santos . Algo parecido com o que aconteceu com outro atacante que está na baixada: Gabriel.

“O Santos fez o convite, tinha o Neymar e tudo o que envolvia na época. Decidi vir para cá”, explica.

Rodrygo apareceu para ajudar a solucionar a carência da falta de reforços para o técnico Jair Ventura. Liziero, quando subiu, estava mais maduro.

“Tem moleque que sobe com 17 ou 18 anos. Eu subi com 20, talvez isso pode ter ajudado em alguma coisa. Mas cada um tem uma história. Não dá para todo mundo seguir do mesmo jeito”, diz o são-paulino, que recebe mensagens de companheir­os que ainda estão no sub-20.

Os dois têm origens do futsal, mas se Rodrygo sempre teve a passagem para o futebol de campo na cabeça, o mesmo não pode ser dito de Liziero. Houve uma época em que ele quis jogar apenas salão e seu ídolo era Falcão, da seleção brasileira de futsal.

Ele não desejava mais o trauma de ser dispensado, como havia acontecido antes no próprio São Paulo.

Foi a mãe quem o convenceu a tentar de novo. Até porque o técnico que o mandou embora do clube foi o mesmo que o “redescobri­u” e o chamou de volta.

“Não tem maior resposta de gratidão possível do que ganhar um título pelo São Paulo”, resume Liziero.

Ele diz que só depois vai pensar em futebol europeu, o que pode ser uma realidade próxima para Rodrygo.

Seu pai estava na Espanha na semana passada e conversou com dirigentes do Barcelona. Se Neymar é o ídolo, ele pode traçar o mesmo caminho internacio­nal.

“Na minha casa não chegou nada”, ele desconvers­a, sobre uma possível proposta.

No momento, a preocupaçã­o da dupla é melhorar a condição de suas equipes no Brasileiro. O Santos está em 16º e próximo da zona de rebaixamen­to. O São Paulo está invicto, mas ocupa a 12ª posição porque, em cinco rodadas, ganhou apenas uma vez.

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Maurício Rummens - 16.mai.18/Fotoarena/Folhapress O lateral são-paulino Liziero treina para partida contra o Santos, no Morumbi

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