EUA prometem as sanções mais fortes da história contra o regime iraniano
Governo americano fixa 12 condições para novo acordo nuclear; Teerã vê ingerência em tema interno
washington Os EUA aumenSegundo Pompeo, a lista de tarão a pressão financeira exigências é grande, mas não sobre o Irã com as sanções foi estabelecida pelos EUA. mais fortes da história, anun“Foram eles [Irã] que criaram.” ciou o secretário de Estado “O ferrão das sanções se americano, Mike Pompeo, tornará mais doloroso apeuma semana depois de Wanas se o regime não mudar shington abandonar o acordo o rumo inaceitável e impronuclear de 2015 com Teerã. dutivo que escolheu para si
“Os líderes em Teerã não temesmo e para o povo iranirão dúvida sobre nossa serieano”, acrescentou, em confedade”, disse Pompeo, em seu rência no centro de estudos primeiro grande discurso soconservador Heritage Founbre política externa desde que dation, em Washington. deixou a direção da CIA (agên“O Irã se verá obrigado a tocia de inteligência) para lidemar uma decisão: brigar parar a diplomacia de seu país. ra manter sua economia viva
A nova estratégia americaou continuar desperdiçando na em relação ao regime islâpreciosas riquezas em dispumico inclui 12 duras condições tas no exterior. Não terá recurde Washington para qualquer sos para fazer as duas coisas”, novo acordo nuclear. afirmou Pompeo.
Entreasdemandasestãopôr A resposta de Teerã veio fim ao programa de mísseis logo em seguida. Para o gobalísticos, interromper o enriverno iraniano, o discurso quecimentodeurânio(inclusido secretário dos Estados veparafinspacíficos)enãodar Unidos foi uma manobra apoio a grupos radicais como diversionista. o palestino Hamas e o libanês “Quem são vocês para toHizbullah. mar decisões pelo Irã e pelo mundo?”, disse o presidente iraniano, Hassan Rouhani, de acordo com a mídia estatal.
A chancelaria do Irã afirmou, por sua vez, que rejeita “as alegações e mentiras nessa tal nova estratégia” e condena o que considera ser uma interferência do chefe da diplomacia americana em assuntos internos do país persa.
Aplicaremos uma pressão financeira sem precedentes sobre o regime iraniano. Os líderes em Teerã não terão dúvida sobre nossa seriedade
Mike Pompeo secretário de Estado dos EUA
O presidente americano, Donald Trump, considera que o acordo original de 2015 com o Irã, também assinado por Reino Unido, China, França, Alemanha e Rússia, não foi rígido o suficiente em suas exigências para com Teerã e agora quer que os demais signatários apoiem sua estratégia de linha dura.
“Na estratégia que estamos anunciando hoje [segundafeira], queremos o apoio dos nossos aliados e sócios mais importantes na região e em todo o mundo. Não me refiro apenas aos nossos amigos na Europa”, disse Pompeo.
Ele também advertiu que as empresas europeias que venham a manter relações com o Irã, violando sanções dos EUA, serão obrigadas a prestar contas.
A petroleira francesa Total foiumadasquejáanunciaram que desistiram dos planos no Irã. Grandes companhias como Daimler, Siemens e Airbus investiram (ou prometeram investir) bilhões no país.
Porenquanto,aUniãoEuropeia está tentando convencer o Irã a se manter no acordo de 2015, mesmo sem a participação de Washington.
Em resposta a Pompeo, o chanceler britânico, Boris Johnson, afirmou ter dúvidas sobre o sucesso de um novo acordo liderado pelos EUA.
“Eu não considero que isso seja algo muito fácil de conseguir em um período de tempo relativamente razoável.”
As críticas vindas da Europa à decisão de Trump de abandonar o acordo não são novas. A chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou na semana passada que a notícia era perturbadora.
O presidente do Conselho Europeu (que reúne os chefes de Estado do bloco), Donald Tusk, disse, por sua vez, que, comumamigocomoTrump, não era preciso inimigo.