CBF pretende manter Tite na seleção após o Mundial da Rússia
Cúpula da confederação quer que treinador permaneça até a Copa de 2022, independentemente de resultados
teresópolis (rj) A CBF decidiu manter Tite no comando da seleção brasileira após a Copa do Mundo independentemente do resultado na Rússia. A cúpula da entidade conversou com o treinador sobre a renovação do acordo até o Mundial do Qatar, que será realizado em 2022.
Contratado em 2016, quando o Brasil estava fora da zona de classificação para a Copa, Tite já disse que gostaria de trabalhar um ciclo completo de Mundial (quatro anos).
Para manter o treinador, os cartolas da CBF terão que gastar. Com salário de cerca de R$900 mil por mês, Tite reivindicará um aumento.
Apesar da vontade de permanecer no cargo e do aumento que poderá receber, o treinador só quer definir o seu futuro após o torneio. Se ficar, vai igualar marca de Zagallo e Telê Santana, únicos que comandaram a seleção em duas Copas consecutivas.
Além do Mundial da França, em 1998, Zagallo treinou o Brasil no México, em 1970, e na Alemanha, em 1974. Telê, por sua vez, comandou o time nas Copas do Mundo da Espanha, em 1982, e do México, em 1986. Mesmo assim, o ex-treinador do São Paulo não fechou um ciclo de quatro anos. Ele deixou o comando após o torneio na Espanha e voltou ao cargo pouco antes do início do Mundial seguinte.
Tite agradou os dirigentes da seleção com sua sequência de resultados positivos.
Depois do vexame da equipe sob o comando de Dunga, o Brasil reagiu nas eliminatórias e fechou a participação no torneio em primeiro lugar.
Até agora, Tite acumula 15 vitórias, três empates e apenas uma derrota —em um amistoso contra a Argentina.
Além disso, agradou aos cartolas a rotina de trabalho adotada pelo técnico na CBF.
Após ser contratado, Tite se mudou para o Rio de Janeiro e vai diariamente à sede da entidade, na Barra da Tijuca. Ele costuma chegar por volta das 10h, antes do início do expediente na confederação.
Ele fez um acordo com a CBF para trabalhar até a Copa. Cauteloso, o treinador só quer conversar sobre uma renovação do acordo com a confederação após o Mundial.
Ele sabe que o torneio é desgastante e muitos profissionais preferem partir para outrodesafioapósacompetição.
Luiz Felipe Scolari chegou a receber uma proposta de José Maria Marin, então presidente da CBF, depois do 7 a 1 contra a Alemanha, mas nem respondeu ao cartola.
Horas depois, o Brasil foi derrotado para a Holanda, por 3 a 0, na disputa pelo ter-