Dólar cai pelo 3º dia seguido e fecha a R$ 3,63
Real se destaca em dia negativo no exterior; Bolsa brasileira recua 2,3%, pressionada por papéis da Eletrobras e da Petrobras
são paulo O tom negativo no exterior freou a queda do dólar ante o real nesta quarta (23), mas não impediu a moeda americana de emendar o terceiro dia de desvalorização, em mais uma sessão com intervenção do Banco Central.
O dólar comercial recuou 0,52%, para R$ 3,626. Na máxima chegou a R$ 3,68. O dólar à vista perdeu 0,3%, a R$ 3,628.
O Ibovespa, índice que reúne as ações de maior liquidez na Bolsa, recuou 2,26%, para 80.867 pontos, pressionado pelas ações da Eletrobras e da Petrobras. Foi o menor nível desde 23 de janeiro. O giro somou R$ 11,2 bilhões.
O mercado voltou a se preocupar com o rumo das negociações entre Estados Unidos e China, após o presidente Donald Trump sinalizar que o caminho atual parece “muito difícil” de ser concluído. Na terça (22), o dólar perdeu para as principais moedas do mundo exatamente pelo otimismo dos investidores sobre essas tratativas.
“Nosso acordo comercial com a China está indo bem, mas no fim provavelmente teremos de usar uma estrutura diferente, pois isso será muito difícil de ser feito e verificar os resultados após a conclusão”, escreveu Trump em uma rede social nesta quarta.
As Bolsas europeias caíram com força, influenciadas também por incertezas políticas na Itália. Londres perdeu 1,13%, Paris caiu 1,32% , e a Alemanha recuou 1,47%.
“Foi um dia de realizações [de embolsar lucros] no mundo inteiro, muito relacionado com o vaivém entre Trump e a China. Isso gera um desconforto grande depois de uma calmaria”, diz André Perfeito, economista-chefe da Spinelli Corretora.
O dólar ganhou força sobre 22 das 31 principais divisas. Nos mercados emergentes, porém, as moedas nacionais, em geral, se fortaleceram.
A divulgação da ata do Federal Reserve (o Fed, banco central dos EUA) nesta quarta também trouxe certa tranquilidade ao mercado, porque não apresentou grandes terceiro dia, todos os 15 mil novos contratos, totalizando US$ 3,5 bilhões desde a semana passada, quando vendia por dia até 5.000 contratos.
Das 67 ações do Ibovespa, 59 caíram e apenas 8 subiram.
Os papéis da Eletrobras descaíram 11,5% (ordinários) e 9,4% (preferenciais) após o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmar que vai deixar caducar a medida provisória que trata da privatização da elétrica.
Outra estatal, a Petrobras, recuou 5,8% (preferencial) e 4,5% (ordinária) em mais um dia marcado pela greve de caminhoneiros pelo país. Os papéis tendem a cair mais hoje, em razão da queda do preço do diesel, anunciada após o fechamento do mercado.
Dólar emenda terceiro dia de queda ante real
Moeda cede com intervenção do Banco Central no câmbio; Bolsa cai pressionada pela Eletrobras
3,48
30.abr.2018 surpresas em relação ao futuro de sua política monetária.
“A ata veio até um pouco mais suave, não tão ‘pró-aperto’ como se poderia imaginar”, diz Aldo Moniz, analista da Um Investimentos.
O mercado já precifica uma nova alta em junho, a segunda de 2018. A dúvida é se haveria mais de uma elevação depois dessa.
Juros maiores nos EUA atrairiam um fluxo global de capital para o país, esvaziando mercados com taxas maiores, mas considerados mais arriscados, como o Brasil.
Internamente, a pressão foi aliviada por mais uma oferta de swaps cambiais tradicionais do BC, equivalentes à venda de dólar no mercado futuro. A autoridade vendeu, pelo
A gigante de alimentos BRF caiu 3,21%. A empresa anunciou a suspensão das atividades em quatro unidades e a paralisação parcial ou total das operações de outras nove fábricas, em razão da greve dos caminhoneiros.
80.867,29 foi a queda das ações ordinárias da Eletrobras nesta quarta (23);
preferenciais recuaram 9,03%
22.mai.2018 depreciação da moeda local, que beira 20% no ano.
Com a medida, a lira turca avançou 1%. Na esteira, o rand sul-africano ganhou 0,68%, e o peso mexicano, 0,32%.
Falando depois do anúncio, o presidente turco, Recep Tayyipl Erdogan, prometeu “respeitar os princípios de governança da política monetária”.
Erdogan, cuja ferrenha oposição a taxas de juros altas era vista como principal barreira a medidas mais rápidas por parte do banco central, não tratou diretamente da alta dos juros. Mas, em comentários que pareciam ter por objetivo acalmar os investidores, ele aproveitou um discurso a exmembros do Legislativo, em Ancara, que seria televisado, para dizer que a Turquia jamais abandonaria os princípios dos mercados mundiais.
A lira ainda registra 17,1% de baixa do final de 2017 para cá. Os investidores estão preocupados com um possível superaquecimento da economia turca; a inflação anualizada está perto dos 11%.
A despeito da alta nos preços, o governo Erdogan mantém suas medidas de estímulo fiscal, em um esforço para manter o nível elevado de crescimento. O déficit em contacorrente também subiu muito, algo que, alertam analistas, torna o país cada vez mais sensível a choques externos.
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