Jovens debatem no WhatsApp volta de ‘13 Reasons Why’
Adolescentes debatem ‘13 Reasons Why’ em grupo de WhatsApp e alargam suas opiniões sobre a segunda temporada da série; o medo de comunicar abusos e sofrimentos aparece como um elemento comum nas comparações entre ficção e realidade
são paulo A série “13 Reasons Why”, da Netflix, reacendeu no ano passado debates sobre o suicídio entre adolescentes.
A história de Hannah Baker, que sofre abusos na escola e decide tirar a própria vida, também dividiu opiniões sobre as responsabilidades de séries televisivas: uma produção assim é um alerta sobre o tema ou um estímulo para quem pensa em suicídio?
A série voltou com uma segunda temporada, no último dia 18, em que são aprofundados temas como o bullying, o assédio moral entre estudantes, o papel de pais e professores na solução desses problemas e o tratamento dedicado a vítimas e a abusadores sexuais dentro das escolas e pela Justiça. Realinhou-se o cuidado com o espectador.
“Se você está passando por um desses problemas, talvez essa série não seja boa para você. Ou talvez seja melhor assistir a ela com um adulto confiável. Se sentir que precisa conversar com alguém, converse com um amigo, seus pais ou ligue para um serviço local de apoio psicológico”, alertam atores do elenco, em esquete antes do primeiro episódio.
No Brasil, a classificação etária do programa é de 16 anos.
No dia seguinte à estreia da segunda temporada da série, a Folha criou um grupo de WhatsApp com três estudantes do ensino médio e um do fundamental; dois de escola pública, e dois de particular.
Os diálogos a seguir, mediados pelo psicólogo Hélio Deliberador, que atende adolescentes na clínica da Pontifícia Universidade Católica de SP, dão uma pequena mostra de como pensam estudantes da capital paulista sobre a série e a relação com suas realidades.