Folha de S.Paulo

Tucanos minimizam Datafolha, PT diz que Lula segue forte e Bolsonaro ataca instituto

- Daniel Carvalho, Gabriela Sá Pessoa e Catia Seabra

BRASÍLIA E SÃO PAULO Tucanos tentam aproveitar o quadro de estagnação geral dos candidatos à Presidênci­a para minimizar a pressão sobre o nome do PSDB, Geraldo Alckmin.

O tucano marcou 7% no levantamen­to do Datafolha divulgado neste domingo (10).

A intenção do núcleo da campanha tucana é mostrar que o cenário não sofrerá alterações até o início da propaganda na TV, em 31 de agosto.

“Não há motivo para as curvas se mexerem. O brasileiro, a maioria esmagadora do eleitorado, não está nem aí para a eleição neste momento”, pon- derou Marcus Pestana (MG), secretário-geral do PSDB.

No PT, o senador Lindbergh Farias (RJ) admitiu que o partido poderá não ter o ex-presidente Lula na disputa pela Presidênci­a e o líder petista poderá apoiar um candidato.

“Os votos de Lula continuam sólidos como uma rocha. O segundo turno vai ser entre Lula ou um candidato apoiado por ele e Bolsonaro”, disse.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede), comemorou o índice de Marina Silva, que chega a 15%. “Foi a pesquisa mais favorável até agora para ela”.

O deputado Jair Bolsonaro, que teve até 19%, criticou o Datafolha. “Datafolha, continuas pagando vexame. E, com toda certeza, recebendo algo de muito bom de seus patrocinad­ores”, disse. Ele comparou o resultado ao do DataPoder3­60, em que chegou a 25%, mas com outra metodologi­a.

“Não é possível comparar uma pesquisa presencial, como a que o Datafolha faz, enviando profission­ais para entrevista­r as pessoas face a face, com uma feita por robôs telefônico­s”, disse Mauro Paulino, diretor-geral do Datafolha.

Os votos de Lula continuam sólidos como uma rocha. O segundo turno vai ser entre Lula ou um candidato apoiado por ele e Bolsonaro

Lindbergh Farias (PT-RJ)

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