Folha de S.Paulo

Sete corpos são achados em praia no Rio

- -Nicola Pamplona

Dois dias depois de tiroteio entre policiais e traficante­s na Praia Vermelha, na Urca, zona sul do Rio, sete corpos foram encontrado­s na região do confronto. Na manhã deste domingo (10), seis corpos foram encontrado­s pelo Corpo de Bombeiros perto de um costão rochoso. À tarde, o sétimo foi localizado por familiares em uma mata na região.

Segundo a Polícia Civil, todos tinham marcas de tiros e testemunha­s afirmaram que tinham ligação com o tráfico.

Na sexta (8), equipe do Batalhão de Polícia de Choque tentou chegar às comunidade­s pela mata, mas foi surpreendi­da por suspeitos no alto do morro e houve confronto.

Um policial foi atingido por estilhaços de granada e sofreu ferimentos leves. Um suspeito foi preso. Em nota, a Polícia Militar não falou em mortes.

Até o início da noite, dois dos mortos haviam sido identifica­dos oficialmen­te: Daniel Duarte e Natan Issac Sousa Santos, ambos de 27 anos. Os dois tinham passagem pela polícia por associação ao tráfico de drogas e organizaçã­o criminosa, disse a Polícia Civil.

Uma terceira vítima foi identifica­da por parentes. Franklin Moraes Miranda, 29, teria ligação com o tráfico no Complexo da Maré e estaria na região como reforço à guerra entre facções rivais.

A perícia da Polícia Civil identifico­u que cinco dos mortos estavam vestidos com roupas camufladas e usavam capas de coletes à prova de bala. As mortes estão sendo investigad­as pela Delegacia de Homicídios da capital.

Cercada por montanhas, a Praia Vermelha é uma área militar e sedia a Escola de Comando do Estado Maior do Exército. Nela, está o acesso ao bondinho do Pão de Açúcar, que fechou mais cedo nesta sexta. Moradores das comunidade­s da Babilônia e Chapéu Mangueira e do Leme vêm sofrendo com a disputa de grupos rivais pelo controle da região, que começou há cerca de um mês.

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