Folha de S.Paulo

Tão longe, tão cara e ainda por cima em russo

- Paulo Passos

Quatro dos sete grupos em que o Brasil poderia ter caído na Copa do Mundo tinham jogos em Sochi, cidade escolhida como sede da seleção antes mesmo do sorteio, em 1º de dezembro de 2017.

Pois quis o destino e as bolinhas do sorteio da Fifa que a seleção brasileira ficasse justamente no Grupo E, sem jogos na aprazível cidade litorânea.

A CBF manteve o planejamen­to mesmo assim. Com voos fretados garantidos pela Fifa, a seleção viajará 7.376 quilômetro­s para jogar os três primeiros jogos do Mundial.

Com escalas —impossívei­s de serem dribladas—, a distância percorrida pelos seis enviados da Folha que acompanhar­ão a seleção será mais que o dobro disso, para se deslocarem para Rostov-do-Don, São Petersburg­o e Moscou, na primeira fase do torneio.

Outros seis jornalista­s estão sediados em Moscou, totalizand­o os 12 enviados da Folha.

Todos os deslocamen­tos locais na Rússia exigem escalas na capital Moscou. Numa Copa em um país com distâncias continenta­is, as viagens são apenas um dos desafios enfrentado­s no planejamen­to da cobertura do evento.

Outro desafio, que não deixa de ser uma consequênc­ia desse primeiro, é o custo. O país tido como exótico e caro tem valores que assustam. Quem tentou ou viajará para a Rússia durante o Mundial sabe que a conta sairá alta.

Será a Copa mais cara para cobrir e curtir desde o torneio realizado no Japão e na Coreia do Sul em 2002.

Custo e distâncias se somam a outro “Пробле́ ма”. Sim, mais do nunca, o idioma é um problema, como está escrito no fim da frase anterior, em russo, no alfabeto cirílico.

O relato dos enviados até agora é que quase nada é traduzido no país. Copa do Mundo vai ter, mas será longe, cara e em russo.

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Eduardo Knapp/Folhapress Equipament­o da equipe da Folha em Sochi, base da seleção brasileira

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