Temer faz defesa de seu governo e diz que avanços não são divulgados
Com a percepção da maioria da população brasileira de que a situação do país piorou, o presidente Michel Temer saiu em defesa nesta terça-feira (12) de sua própria gestão.
Ele disse que os avanços econômicos não estão sendo “integralmente divulgados”.
Em cerimônia de assinatura da regulamentação do código da mineração, no Palácio do Planalto, Temer afirmou que, segundo um ranking de preferência de investidores estrangeiros, o país passou da sétima para a quarta posição nos últimos dois anos.
O presidente, contudo, não especificou a que classificação se referia.
Segundo assessores presidenciais, ele falava de um levantamento feito pela ONU (Organização das Nações Unidas) que, na verdade, compara os anos de 2016 e 2017.
Pesquisa Datafolha, divulgada na segunda-feira (11), mostrou que 72% dos entrevistados entendem que a situação econômica do país piorou nos últimos meses.
“Não é sem razão que o Brasil subiu da sétima para a quarta posição de preferência dos investidores estrangeiros nesses dois últimos anos. Tema que não é muitas vezes substancialmente ou integralmente divulgado. Mas eu faço questão de repeti-lo aqui”, disse o presidente.
O discurso de que seu mandato recuperou a economia foi explorado pelo presidente durante todo o seu discurso desta terça.
De acordo com Temer, nos últimos dois anos, no seu mandato, após o impeachment da petista Dilma Rousseff, foram aceleradas iniciativas que estavam “paralisadas” e “estagnadas”.
“Ao longo desses dois anos, várias matérias que estavam assim posicionadas vieram à luz por hábitos deste governo”, disse Temer.
Segundo o presidente, a seis meses do término de seu mandato, o código da mineração é “quase um fecho” das reformas feitas pelo Palácio do Planalto nesse período.
“As novas regras não são obras de voluntarismos e não são imposições de cima para baixo, mas fruto de muito diálogo com a sociedade”, disse o presidente.