Folha de S.Paulo

Copa na Rússia

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Ainda resisto bravamente à Copa, mas sei que o desinteres­se tem seus dias contados. É só a bola rolar que a gente fica entorpecid­o, meio bobo e começa a torcer feito louco (“Resistir (e falhar)”, de Giuliana Vallone, Copa 2018, 12/6). Mas nunca vi tamanho descaso pela Copa, o desânimo é evidente. As preocupaçõ­es em relação a outras áreas da vida, somadas aos fatores que a autora menciona no texto, bombardeia­m qualquer tentativa de euforia. Estou aqui ainda, firme e forte na resistênci­a, pelo menos até domingo. Luiz Maxwell (São Paulo, SP)

Impagável a tirada de João Pereira Coutinho em sua coluna “O futebol não é para principian­tes” (Ilustrada, 12/6). Ao final, ao garantir a evidência do selecionad­o que deverá vencer a Copa do Mundo, esquivase, no entanto, de proclamar o campeão —alega, para tanto, “problemas técnicos” na impressão. Olha lá, Coutinho, a andar nesse diapasão, daqui a pouco tomará o lugar do José Simão.

J.B. de Souza Freitas (São Paulo, SP)

Mulher que quer se dedicar profission­almente ao futebol tem mesmo um destino inglório (“Copa do Mundo de futebol masculino”, Ilustríssi­ma, 10/6). Mas a autora [Jayne Caudwell] trata a questão como violência de gênero em vez de tratar como problema de demanda. Quantas mulheres se interessam de fato por futebol? Quantas estão interessad­as no esporte para além da Copa e do gosto de seus maridos? A carreira de modelo também é inglória —para os homens que querem segui-la. Quase não há revista de moda voltada para homem. Violência de gênero? Não, falta de demanda.

Barbara Maidel (Blumenau, SC)

Na mesma edição em que traz na Primeira Página o título “Pela primeira vez, maioria não tem interessa na Copa”, a Folha publica uma página inteira sobre os gastos nababescos dos jogadores com moda (“Clube da bolinha”, Ilustrada, 12/6). Sim, essa é a realidade deles, mas por que ela nos interessa? Por que um jornal sério gasta seu espaço nobre com notícias de tabloides? Recém-saídos de uma crise dos combustíve­is, afogados em mais instabilid­ade, miséria, ausência de perspectiv­a, é indecente e ofensivo ver uma reportagem dessa.

Yara de Barros (Campinas, SP)

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