Folha de S.Paulo

GPA terá novo supermerca­do para competir com micro mercado regional

- Maria Cristina Frias Bruno Santos/Folhapress

O Grupo Pão de Açúcar vai lançar um modelo de micro mercados regionais com foco nos públicos B e C. Para isso, a companhia reativará a marca Compre Bem, adquirida tempos atrás, e reformará supermerca­dos Extra.

“Temos 187 lojas do Extra. Entre 80 e 100 delas são adequadas a esse perfil para competir com os supermerca­dos de bairro”, diz Peter Estermann, presidente do Grupo Pão de Açúcar, indicado em fevereiro para o cargo.

Antes à frente da Via Varejo, que continua à venda, o executivo substituiu Ronaldo Iabrudi, atual co-vice-presidente do conselho de administra­ção do grupo.

A maior parte das unidades do novo formato ficarão em São Paulo.

“A competição regional muito forte no estado [onde estão muitas lojas Extra] reforçaram a escolha da marca Compre Bem, que estava estacionad­a, e tem percepção de preços acessíveis”, segundo Estermann.

O projeto começará com 20 unidades. Até o último trimestre deste ano, dez lojas Extra serão convertida­s em Compre Bem: cinco na Grande São Paulo, quatro no interior e uma no litoral do Estado.

Outras dez serão adaptadas até o final do primeiro trimestre de 2019. Estermann ainda não abre dados de investimen­tos, nem de estimativa de faturament­o adicional.

“Estamos fazendo os orçamentos. A transforma­ção começará até o final de julho. Essas lojas reabrirão com novo visual, outras cores.” Supermerca­dos menores de bairros cresceram durante a crise.

“São mais ágeis, tem bom atendiment­o em certas categorias e portfólio mais adequado à cada região.” As novas unidades seguirão a receita.

O sortimento será reduzido de 10 mil produtos (do Extra) para 7 mil, numa área de cerca de 1.500 m2. “Será uma oferta adaptada às demandas daquela micro região, mais flexível a mudanças de hábitos.”

O modelo atuará com ênfase em frutas, verduras e legumes, padaria e açougue, categorias vinculadas à maior frequência na loja.

No próximo ano, o grupo terá um projeto de expansão do Minuto Pão de Açúcar. “Estamos ajustando a companhia para, quando passar a crise, investir em outros modelos.”

A paralisaçã­o dos caminhonei­ros não “afetou muito”, apesar de ter impactado nos últimos dias de maio e começo de junho, diz. “Nossa equipe foi muito rápida, já praticamen­te voltamos à normalidad­e e não afetará o desempenho no trimestre.”

Apesar da piora da expectativ­a para o PIB deste ano, Estermann não reviu números do GPA. “Estamos preparados para entregar os resultados que nos propusemos a entregar.” A companhia não informa quanto deverá crescer.

Grupo GPA Foi a receita bruta no primeiro tri, alta de 7,6% em relação a 2017

Foi o Ebidta nesse período, uma melhora de 17,4%

É a divida; o custo dela melhorou com a redução do CDI ao longo do ano passado

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Peter Estermann, presidente do Grupo Pão de Açúcar

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