Folha de S.Paulo

Novo Yaris empata com Honda City em teste

Lançamento da Toyota gasta menos combustíve­l e tem mais itens de série, mas perde em desempenho e ergonomia

- -Eduardo Sodré Fotos Ivan Ribeiro/Folhapress

O Toyota Yaris é aguardado no Brasil há tempos. Quando sua chegada era dada como certa, há seis anos, a marca japonesa optou pelo Etios, que demorou para decolar em vendas. Enfim, chegou a vez do modelo intermediá­rio da marca japonesa.

A primeira versão a passar pelo teste Folha-Mauá é a XLS sedã, que custa R$ 80 mil. Ao seu lado está o Honda City, que estreou no mercado em 2010. É a versão compacta da rivalidade que domina o segmento de carros médios, Corolla versus Civic.

Os carros avaliados têm câmbios automático­s do tipo CVT, que simulam sete marchas, e motores 1.5 flex.

O Honda oferece 6 cv a mais de potência, o que faz pouca diferença nas medições de desempenho: a vantagem do City nas medições é sempre inferior a meio segundo.

No consumo, melhor para o Yaris. A média rodoviária de 18,7 km/l com gasolina se destaca entre os sedãs, atrás somente dos 19,3 km/l registrado­s pelo Volkswagen Virtus 1.6 com caixa manual.

O City passou por algumas mudanças desde que foi lançado. A última remodelaçã­o estreou em abril, quando a versão testada EXL (R$ 83,4 mil) recebeu faróis com luzes de LED. Há seis airbags nessa opção, mas falta adicionar os controles de tração e de estabilida­de, já presentes no Honda Fit e no rival Yaris.

O Toyota é menor, mas não menos espaçoso. A arquitetur­a da cabine permite receber bem passageiro­s no banco traseiro, embora o City seja ligeiramen­te superior se for preciso levar cinco ocupantes.

Um detalhe ergonômico prejudica a experiênci­a ao volante do Yaris: não há regulagem de profundida­de da coluna de direção. É mais difícil achar uma boa posição, sempre parece que os braços estão esticados, ou as pernas, mais encolhidas que o desejável.

Ao oferecer melhor acomodação para o motorista, o City aproxima-se de um sedã médio. Seria ainda melhor caso o isolamento acústico fosse mais caprichado —o barulho do vento e do conjunto de transmissã­o incomodam na estrada, e o mesmo ocorre com o Toyota.

Embora fique devendo em comodidade para o motorista, o Yaris XLS é superior em equipament­os de série.

Além das forrações de couro e do ar-condiciona­do digital, igualmente presentes no Honda, o modelo mais completo dessa linha Toyota oferece teto solar com abertura elétrica, sensor de chuva e sete airbags (dois frontais, quatro laterais e um para proteger o joelho do motorista em caso de colisão).

Os sistemas de som e conectivid­ade de ambos atendem às expectativ­as do segmento, com telas sensíveis ao toque e fácil conexão com celulares dos sistemas Android ou iOS (linha Apple). Trazem também sistema de navegação por GPS.

O equilíbrio entre qualidades e pontos fracos dos sedãs compactos de origem japonesa leva a um empate. O City EXL é superior em dirigibili­dade e desempenho, enquanto o Yaris XLS oferece mais equipament­os de série por preço menor.

Nas lojas, as versões mais completas de City e Yaris enfrentam a concorrênc­ia dos recém-lançados Volkswagen Virtus TSI Highline (R$ 80 mil) e Fiat Cronos 1.8 Precision automático (R$ 70 mil).

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Honda City EXL (à esq.) e Toyota Yaris XLS são as versões mais completas de suas linhas; ambos têm motores 1.5 que podem ser abastecido­s com etanol ou gasolina
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 ??  ?? Honda City tem porta-malas com 536 litros de capacidade
Honda City tem porta-malas com 536 litros de capacidade
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Toyota Yaris é equipado com teto solar elétrico na versão XLS

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