Novo Yaris empata com Honda City em teste
Lançamento da Toyota gasta menos combustível e tem mais itens de série, mas perde em desempenho e ergonomia
O Toyota Yaris é aguardado no Brasil há tempos. Quando sua chegada era dada como certa, há seis anos, a marca japonesa optou pelo Etios, que demorou para decolar em vendas. Enfim, chegou a vez do modelo intermediário da marca japonesa.
A primeira versão a passar pelo teste Folha-Mauá é a XLS sedã, que custa R$ 80 mil. Ao seu lado está o Honda City, que estreou no mercado em 2010. É a versão compacta da rivalidade que domina o segmento de carros médios, Corolla versus Civic.
Os carros avaliados têm câmbios automáticos do tipo CVT, que simulam sete marchas, e motores 1.5 flex.
O Honda oferece 6 cv a mais de potência, o que faz pouca diferença nas medições de desempenho: a vantagem do City nas medições é sempre inferior a meio segundo.
No consumo, melhor para o Yaris. A média rodoviária de 18,7 km/l com gasolina se destaca entre os sedãs, atrás somente dos 19,3 km/l registrados pelo Volkswagen Virtus 1.6 com caixa manual.
O City passou por algumas mudanças desde que foi lançado. A última remodelação estreou em abril, quando a versão testada EXL (R$ 83,4 mil) recebeu faróis com luzes de LED. Há seis airbags nessa opção, mas falta adicionar os controles de tração e de estabilidade, já presentes no Honda Fit e no rival Yaris.
O Toyota é menor, mas não menos espaçoso. A arquitetura da cabine permite receber bem passageiros no banco traseiro, embora o City seja ligeiramente superior se for preciso levar cinco ocupantes.
Um detalhe ergonômico prejudica a experiência ao volante do Yaris: não há regulagem de profundidade da coluna de direção. É mais difícil achar uma boa posição, sempre parece que os braços estão esticados, ou as pernas, mais encolhidas que o desejável.
Ao oferecer melhor acomodação para o motorista, o City aproxima-se de um sedã médio. Seria ainda melhor caso o isolamento acústico fosse mais caprichado —o barulho do vento e do conjunto de transmissão incomodam na estrada, e o mesmo ocorre com o Toyota.
Embora fique devendo em comodidade para o motorista, o Yaris XLS é superior em equipamentos de série.
Além das forrações de couro e do ar-condicionado digital, igualmente presentes no Honda, o modelo mais completo dessa linha Toyota oferece teto solar com abertura elétrica, sensor de chuva e sete airbags (dois frontais, quatro laterais e um para proteger o joelho do motorista em caso de colisão).
Os sistemas de som e conectividade de ambos atendem às expectativas do segmento, com telas sensíveis ao toque e fácil conexão com celulares dos sistemas Android ou iOS (linha Apple). Trazem também sistema de navegação por GPS.
O equilíbrio entre qualidades e pontos fracos dos sedãs compactos de origem japonesa leva a um empate. O City EXL é superior em dirigibilidade e desempenho, enquanto o Yaris XLS oferece mais equipamentos de série por preço menor.
Nas lojas, as versões mais completas de City e Yaris enfrentam a concorrência dos recém-lançados Volkswagen Virtus TSI Highline (R$ 80 mil) e Fiat Cronos 1.8 Precision automático (R$ 70 mil).