Rum surfa na onda dos destilados e recebe atenção de bartenders e empresas
O rum dá sinais de ter assumido o posto de destilado da vez. A bebida de aroma suave e alto teor alcoólico, extraída da canade-açúcar, tem conquistado espaço entre consumidores, bartenders e empresas.
As principais hipóteses para tal movimento, segundo especialistas, são: o boom recente dos destilados (capitaneado pelo gim) e a diversificação de bases alcoólicas em coquetéis.
O mixologista Tai Barbin, do gastrobar carioca Nosso Ipanema, abriu o primeiro bar do país dedicado ao rum.
“O brasileiro está parando de beber rótulos, ou seja, está parando de beber bebidas pelo status que ela traz e está começando a se interessar pelo diferente ou pelo o que nunca provaram antes.”
E, se dependesse de um campeonato de coquetelaria no país, o rum já seria o campeão deste ano.
Quatro dos oito competidores da final brasileira do World Class Competition usaram a bebida em drinques apresentados nas semifinais e se classificaram para a final, que será realizada no dia 4/7 em São Paulo.
O vencedor representará o país no torneio internacional em Berlim, em outubro. Estão no páreo nomes como Gabriel Santana (Benzina Bar, em São Paulo), Romero Brito (Gin Time Drinks, em Curitiba) e Anderson Santos (Nosso Ipanema).
O filão do rum ganha destaque também em estratégias milionárias, em especial a linha premium de grandes empresas. A exemplo da Bacardi, que anunciou à agência de notícias Bloomberg dois novos produtos de rum premium (como a Gran Reserva Diez, envelhecida por pelo menos dez anos) e o relançamento de uma outra marca da empresa.
A Bacardi busca pegar carona na expansão global da coquetelaria. Segundo a empresa, as variedades mais caras representam apenas 15% das vendas de rum —a meta é levar essa fatia ao patamar de 25% do mercado, o equivalente a US$ 550 milhões (cerca de R$ 2 bilhões).
Outro interessado na bebida é Ivan Zurita, ex-presidente da Nestlé e dono da Agroz. Sua empresa, que investe em cachaça, deve iniciar pesquisas de rum em Cuba. Così
O chef Renato Carioni recebe o Alysson Muller para preparar receitas de Florianópolis. O jantar custa R$ 180.
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