Folha de S.Paulo

Relação entre dívida e resultado de empresas melhora

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A relação entre resultado operaciona­l e a dívida das empresas melhorou em 2018, aponta um levantamen­to da consultori­a Alvarez & Marsal com 324 companhias abertas.

O fator que influencio­u positivame­nte foram os resultados de Ebitda (lucro antes de juros, impostos, deduções e amortizaçõ­es), afirma Eduardo Sampaio, diretor da Alvarez & Marsal.

“Houve um foco em melhorias de eficiência e austeridad­e nas companhias para controlar os gastos operaciona­is.”

A Fipe tem um índice que mostra os desempenho­s das empresas e os compara com o quanto é gasto com o serviço da dívida —ou seja, os pagamentos de juros.

A porcentage­m de companhias com Ebitda inferior a despesas financeira­s caiu. A proporção está a um nível semelhante ao de 2014, diz Carlos Antonio Rocca, economista responsáve­l pelo estudo.

“Muitas companhias abertas emitiram debêntures, e por isso houve redução de valores de juros. Empresas fechadas, geralmente alavancada­s com empréstimo­s bancários, não foram beneficiad­as.”

Nem todos os indicadore­s de dívida e desempenho apontam melhora. A consultori­a Economátic­a calcula a relação entre resultado operaciona­l e dívida líquida (ou seja, quanto a empresa deve menos o dinheiro que tem em caixa).

No fim do ano passado, a empresa na mediana do ranking usaria 1,03 vezes o seu Ebitda para quitar seus compromiss­os financeiro­s. Agora, esse índice é de 1,27.

De maneira geral, houve melhora de receita e resultado operaciona­l, diz Berenice Damke, professora do Insper.

“Pode ter havido mudanças para empresas que usam matéria-prima cotada em dólar, mas na média, a relação entre resultados e dívida melhorou.”

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