Elite da Marinha copia colegas dos EUA e adota ‘hooyah!’ para celebrar resgate
SÃO PAULO Cada vez que 1 das 13 pessoas presas na caverna de Tham Luang Nang Non era retirada do local, o perfil das redes sociais da Marinha tailandesa postava um “hooyah!” para avisar ao mundo sobre o resgate.
A expressão costuma ser usada pela Marinha americana como uma forma de celebração e foi adotada também pelo SEALs tailandeses, unidade responsável pelo resgate dos 12 garotos e do treinador presos por 18 dias na caverna no interior do país.
A expressão fez tanto sucesso que o jornal britânico The Guardian brincou que poderia ser escolhida como palavra do ano.
O SEAL (sigla em inglês para equipe de ataque de água, ar e terra), como é mais conhecida a Equipe de Assalto Subaquática, é uma unidade de elite que existe dentro da Marinha tailandesa. O nome vem de uma unidade homônima da Marinha americana.
Com mais se uma centena de militares, o grupo tailandês é especializado no enfrentamento ao terrorismo e tem treinamento para combate marítimo. Por isso, seus mergulhadores foram escolhidos para ajudar na operação de resgate dos meninos.
O governo tailandês disse que 19 mergulhadores estiveram diretamente envolvidos com a retirada dos meninos e que mil militares deram apoio à operação, mas não especificaram quantos deles eram SEALs.
O que se sabe é que quatro integrantes da unidade ficaram com os meninos enquanto eles aguardavam o resgate e foram as últimas pessoas a deixar a caverna. Isso fez com que o perfil dos SEALs nas redes sociais, escrito em tailandês, se transformasse na principal plataforma de informação sobre a operação.
A página, que antes era sisuda e costumava abordar apenas missões e treinamentos militares, ganhou um tom mais ameno e chegou a publicar desenhos e imagens de apoio aos garotos. Também homenageou Samarn Kunan, 38, ex-integrante dos SEALs e que foi um dos mergulhadores voluntários que ajudaram na operação, mas que morreu na sexta-feira (6).