Não está claro qual é a fonte da poluição
16 e 17.fev. Fortes chuvas atingem a região de Barcarena-PA, inundando pátio da empresa norueguesa Hydro Alunorte e bairros vizinhos. Ibama e Secretaria de Meio Ambiente do PA vistoriam local e não constatam transbordamento dos depósitos de resíduos sólidos.
20.fev. Nota técnica do Instituto Evandro Chagas (IEC), do Ministério da Saúde, afirma que houve transbordamento de um dos depósitos de resíduos, contaminando o entorno com alumínio e outros metais. Hydro nega.
28.fev. Após segunda inspeção, Ibama multa a Hydro em R$ 20 milhões por problemas de licenciamento, mas novamente não encontra sinais de transbordamento. Por decisão judicial, empresa reduz produção em 50%.
19.mar. Em reação à denúncia do Ministério Público Estadual, Hydro admite ter descartado no rio Pará, sem tratamento, água de chuva e da superfície, em local distante das comunidades locais, mas continua negando o transbordo dos depósitos de resíduos sólidos.
20.mar. Governo federal cria comitê para acompanhar a crise. Participam representantes da Casa
Civil (coordenação), Ibama e os ministérios da Saúde, dos Direitos Humanos e Integração Nacional.
17.mai. Em relatório de viagem, obtido nesta semana pela Folha, o comitê não confirma o transbordo e levanta a hipótese de que a contaminação da água pode ocorrer de forma crônica pelo polo industrial de Barcarena, pelo lixão a céu aberto e pela falta de saneamento básico.