Estatísticas definem seleção com domínio francês e inglês
Folha criou ranking por posição com base em dados de todos os jogadores que disputaram a Copa do Mundo
França e Inglaterra dominaram a seleção de melhores jogadores desta Copa do Mundo segundo as estatísticas, de acordo com metodologia criada pela Folha.
Cada um dos dois países europeus apareceu com três atletas na lista de melhores.
Da campeã França entraram na seleção os atacantes Griezmann e Mbappé.
Os dois marcaram quatro vezes e terminaram o Mundial como vice-artilheiros.
Griezmann ainda deu duas assistências (passes que resultaram em gols), o melhor nesse quesito entre os atacantes.
Já Mbappé, eleito o melhor jogador jovem (tem 19 anos), deu nove passes que resultaram em finalização dos colegas, também o melhor da posição, nesse quesito.
Da França, entrou na lista ainda o lateral Hernández.
Na quarta colocada Inglaterra se destacaram o zagueiro Stones, o lateral direito Trippier e o artilheiro do Mundial, Harry Kane.
O Brasil teve o zagueiro Miranda e o volante Casemiro na seleção do Mundial.
O critério adotado pela reportagem para a escolha dos melhores considerou todos os jogadores que atuaram na Copa e todos os lances com bola em todas as partidas (exceto a disputa de terceiro lugar).
É um universo de quase 60 mil passes, 1.600 chutes no gol e 1.700 faltas. E, claro, os 167 gols. Os dados brutos foram levantados pela empresa Opta e tabulados pela Folha.
Atletas de seleções que avançaram mais no torneio foram beneficiados, pois enfrentaram equipes mais fortes, o que concedeu um bônus a eles. O tempo em campo beneficiou os jogadores.
Nenhum atleta de equipe que caiu antes das quartas de final entrou na seleção. Ficou fora, por exemplo, o atacante português Cristiano Ronaldo, que fez quatro gols.
Para chegar à lista de melhores, a reportagem considerou entre 12 e 16 indicadores para cada posição.
Assim, ir bem apenas em um fundamento não garantiu a entrada na lista.
Um zagueiro, por exemplo, foi bonificado se desarmou bem e não errou passes na defesa; um atacante, se fez gols e ainda deu assistências para os companheiros.
A vice-campeã Croácia apareceu com apenas um jogador na lista de melhores, o meia Modric. Apesar do feito histórico da equipe, que chegou à final, seus atletas pouco se sobressaíram individualmente.
A exceção foi justamente Modric, eleito pela Fifa o melhor jogador do Mundial.
Ele marcou dois gols e deu 17 passes para finalização, o melhor nesse quesito entre os atletas da sua posição.
O croata foi também o segundo meia cujos passes mais levaram seu time em direção ao gol adversário (2,6 metros, em média; os demais ficaram em 1,9, em média).