Sou antagônico ao Lula e candidato, contra o candidato do PT, diz Ciro em convenção em SP
O ex-presidente Lula “só tem chance de sair da cadeia se a gente assumir o poder e organizar a carga. Botar juiz para voltar para a caixinha dele, botar o Ministério Público para voltar para a caixinha dele e restaurar a autoridade do poder político”, afirmou o presidenciável do PDT, Ciro Gomes, a uma TV do Maranhão, no dia 16 de julho.
Na quinta (26), durante convenção estadual do PDT na Assembleia Legislativa de São Paulo, ele afirmou que o que queria dizer com essa declaração é “simples”: “A liberdade do Lula só será restaurada com a restauração do estado de direito democrático que perdemos na esteira de um golpe. Mas não é a liberdade do Lula, é a regularidade do império da lei”.
Ciro criticou a execução da pena após condenação em segunda instância, considerando a previsão de que um réu possa recorrer em quatro instâncias do judiciário.
“O resto é intriga. Esses jornalões acham que vão me intrigar porque uma parte do baronato que eles frequentam é hostil ao Lula. E eu sou antagônico ao Lula também. Sou candidato, contra o candidato do PT e tenho sido alvo do PT. Mas eu defendo a verdade”, afirmou.
Ciro Gomes esteve em São Paulo para a convenção que anunciou o apoio do PDT à reeleição do governador Márcio França (PSB). O PDT corteja o PSB para um apoio nacional a Ciro —em São Paulo, pedem uma vaga majoritária na chapa de França, emplacando o vice-governador ou um dos candidatos ao Senado.
“Tô colocando mel pro Márcio França, eu espero que ele venha”, disse o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi.
Ciro e França trocaram elogios e lembraram a amizade que mantêm, segundo ambos, há anos —o presidenciável já foi filiado ao PSB.
“É uma honra poder andar com o Ciro”, disse o governador. Na sequência, citou os outros dois presidenciáveis a quem também dará palanque: Alvaro Dias (Podemos) e Paulo Rabello de Castro (PSC). O apoio nacional de França ao PDT, por ora, não veio.