Novo lança Chequer ao governo de São Paulo
Ex-líder e um dos fundadores do movimento “Vem pra Rua”, Rogerio Chequer, 50, foi lançado nesta quinta-feira (26) pelo Novo como candidato ao governo de São Paulo.
Em seu discurso, o engenheiro de produção e empresário que liderou protestos pelo impeachment de Dilma Rousseff (PT) se colocou como “soldado de uma tropa de elite” que vai livrar o país da velha política e derrubar “políticos safados”.
“Seríamos insanos de acreditar que se continuarmos a fazer as mesmas coisas, como esses canalhas estão fazendo até agora, vamos ter resultados diferentes. Chega, a gente vai fazer diferente”, afirmou.
Segundo o candidato, falta dinheiro para políticas públicas porque o orçamento está comprometido com alianças políticas e com a criação de um “cabide de cargos”.
À Folha, Chequer fez críticas à gestão de João Doria (PSDB), principal rival na disputa pelo governo, que teria exercido o cargo “com um olho em São Paulo e outro na Presidência”.
Ele afirma que Doria fez acordos na prefeitura já vislumbrando sua futura campanha ao governo estadual.
Doria deixou a Prefeitura de São Paulo no dia 6 de abril, após 15 meses no cargo, para concorrer ao governo estadual.
“Não podemos mais ter um político comprometido com um projeto político e não com a sociedade”, disse.
Pesquisa Datafolha de abril aponta que Doria lidera a corrida pelo governo do estado, com com 29% das intenções de voto. Em seguida aparece o presidente da Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo), Paulo Skaf (PMDB), que tem 20%.
O atual governador, Márcio França (PSB), tem 8%, empatado com o ex-prefeito de São Bernardo do Campo Luiz Marinho (PT), que marca 7%.
Chequer, Lisete Arelaro (PSOL) e Alexandre Zeitune (Rede) aparecem em uma faixa de 1% a 3%.Outros 26% declaram voto em branco ou nulo. Na pesquisa espontânea (quando não é apresentada uma cartela com os candidatos), 62% dos eleitores dizem não saber em quem votar.
Nesse cenário, o Novo procura se destacar como um novo modelo de partido.
Não fez coligações e não usa recursos do fundo partidário. A vice de Chequer, Andrea Menezes, afirma que o diferencial é a filosofia do partido, que depende das doações dos filiados e do trabalho desenvolvido por voluntários. “Temos um compromisso com o cidadão e queremos que ele possa cobrar de seu político a atitude que espera”, disse.
Outra regra da agremiação determina que todos os eleitos pelo Novo não podem se recandidatar a mais de uma eleição consecutiva para o mesmo cargo.
Para atingir o eleitorado, a estratégia é usar o “boca a boca da tecnologia”, por meio de grupos de WhatsApp e redes sociais, que, segundo Chequer, é muito maior do que o tempo de TV comprado pela “velha política”.
A convenção do Novo também lançou um pré-candidato ao Senado, Diogo da Luz, 51 pré-candidaturas à Câmara dos Deputados e 50 à Assembleia Legislativa de São Paulo.
“Seríamos insanos de acreditar que se continuarmos a fazer as mesmas coisas vamos ter resultados diferentes. Vamos fazer diferente
Não podemos mais ter um político comprometido com um projeto político e não com a sociedade Rogerio Chequer