Com fortalecimento do crédito, lucro do Bradesco sobe 9,7% no 2º trimestre
Bradesco/2º tri Lucro Receita com tarifas
O Bradesco, segundo maior banco privado do país, anunciou nesta quinta-feira (26) lucro líquido de R$ 5,2 bilhões no segundo trimestre deste ano, avanço de 9,7% ante o mesmo período de 2017.
Em relação ao primeiro trimestre, a alta foi de 1,2%.
O desempenho foi impulsionado pela melhora no segmento de seguros —cujas operações cresceram 23,8%, para R$ 2,2 bilhões— e pelo fortalecimento do crédito.
“Crescemos no crédito para as famílias e empresas, reduzimos inadimplência e construímos um balanço saudável”, disse Octavio de Lazari Junior, presidente do Bradesco.
A carteira expandida do banco foi de R$ 515,6 bilhões, alta de 4,5% sobre 2017.
O crédito a empresas, que subiu 7,8% de um trimestre para o outro, pesou no resultado. Na pessoa física, cuja carteira de crédito somou R$ 182,8 bilhões, a alta foi menor na sequência dos trimestres (2,8%), mas maior em relação a 2017 (6,3%).
Segundo Lazari, a paralisação dos caminhoneiros teve impacto marginal.
Os destaques foram os empréstimos para veículos (+13,9%), consignado (+13,1%) e imóveis (+8,2%).
A despesa reservada para cobrir crédito duvidoso em caso de calote foi de R$ 3,44 bilhões, queda de 36,1% ante o segundo trimestre de 2017.
A inadimplência apresentou melhora pelo quinto trimestre, a 3,92%. Subindo há três trimestres, mesmo a inadimplência de grandes empresas caiu: de 2% no primeiro trimestre para 1,68%.
Para Lazari, a capacidade de crescimento brasileira está preservada e o banco já vê sinais modestos de normalização da economia e confiança.
“Não estamos falando de uma volta eufórica, mas de um retorno consistente a uma base sólida de recuperação das condições de crescimento da economia: juros baixos, inflação baixa e controlada, câmbio competitivo, excedentes de mão de obra e capacidade ociosa.”
R$ 5,2 bi (+9,7%)
R$ 8,2 bi (+8,3%) Reserva contra calote R$ 3,44 bi (-36,1%)