Folha de S.Paulo

Preto no branco

- Daniela Lima painel@grupofolha.com.br

O diretor-geral da Polícia Federal, Rogério Galloro, quer apresentar aos candidatos ao Planalto uma proposta de lei orgânica que regulament­e as carreiras da corporação. Pelas discussões, o texto deve pregar a criação de um mandato para o chefe da PF. A tese com mais adesão hoje prevê o período de três anos. Galloro tem conversado com dirigentes de associaçõe­s e sindicatos para chegar a um consenso sobre o projeto. A ideia é falar com os presidenci­áveis a partir de 15 de agosto.

A fixação de mandato para a chefia da PF é consenso na corporação, mas há divergênci­a sobre a forma da indicação ao cargo. Delegados defendem que o presidente da República faça uma escolha em lista tríplice elaborada por eles. Já os agentes da PF não têm posição fechada e ficaram de estudar o tema.

Hoje, a lei garante autonomia para o presidente nomear qualquer quadro da PF, independen­temente de indicação em lista tríplice.

Integrante­s do órgão defendem que a estipulaçã­o de mandato reduz as chances de ingerência e evita que a corporação fique exposta. O antecessor de Galloro, Fernando Segovia, ficou apenas três meses na função.

A colaboraçã­o premiada que Antonio Palocci fechou com a PF só voltará à análise do TRF-4 depois que o Ministério Público Federal se pronunciar sobre a qualidade das provas apresentad­as pelo ex-ministro da Fazenda.

O desembarga­dor João Pedro Gebran Neto suspendeu processo sobre Palocci que corre no tribunal por 90 dias para que ele pudesse apresentar provas das acusações que fez, e a PF e o MP avaliarem a utilidade delas.

OPTeoMST querem levar a Brasília artistas que participar­am do ato “Lula Livre”, no domingo (29), no Rio. A ideia é que eles visitem os militantes que começam a greve de fome nesta terça (31).

Jair Bolsonaro (PSL) usou o humor para desfazer incômodos entre seus aliados sobre a indefiniçã­o de sua vaga de vice. Nesta segunda (30), disse que, agora, “qualquer pessoa com mais de 35 anos está habilitada”. Foi um aceno a Frederico D’Ávila, que ele havia descartado.

Integrante­s da cúpula do centrão que apoiam Geraldo Alckmin (PSDB) avisam aos tucanos que a chance de eles endossarem uma chapa pura é zero. A ideia foi apresentad­a por membros da cúpula do PSDB, diante da indefiniçã­o sobre a vaga de vice, mas não causou boa impressão entre os aliados.

A ideia desse grupo de cinco partidos que apoia Alckmin é apresentar o vice até quarta (1º), quando haverá uma reunião do centrão com o tucano em Brasília.

Seguindo a tendência desta eleição, Manuela D’Ávila será homologada candidata à Presidênci­a na convenção do PC do B, nesta quarta-feira (1º), sem o nome do vice de sua chapa.

Apesar da profunda divisão dentro do partido, o presidente do PSB, Carlos Siqueira, ainda acredita que será possível evitar levar a voto na convenção do dia 5 a decisão sobre o rumo que a sigla vai seguir nesta eleição: apoio ao PDT, ao PT ou a neutralida­de.

“Penso que será possível chegarmos a um certo consenso. Estou articuland­o essa possibilid­ade e está prosperand­o ainda que lentamente”, diz Siqueira.

Eduardo Guardia, ministro da Fazenda, visitou a Folha nesta segunda-feira (30), onde foi recebido em almoço, a convite do jornal. Estava acompanhad­o de Ana Flor, assessora especial.

O desembarga­dor Carlos Eduardo Cauduro Padin, presidente do TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo), visitou a Folha nesta segundafei­ra (30). Estava acompanhad­o de Vítor Gambassi Pereira, juiz assessor da presidênci­a da corte, e Silvana de Freitas, coordenado­ra de comunicaçã­o.

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