Folha de S.Paulo

Facebook sob pressão

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Vazamento de dados

Em março, os jornais The

New York Times e Observer revelam que a consultori­a política britânica Cambridge Analytica coletou dados de 87 milhões de usuários do Facebook, a maioria nos Estados Unidos; a suspeita é que a Cambridge tenha usado as informaçõe­s dos usuários para ajudar na eleição do republican­o Donald Trump e na vitória do “brexit”, em 2016. De posse de dados como curtidas e redes de amigos, a empresa conseguiu montar perfis de eleitores em potencial, que então eram bombardead­os com mensagens políticas

Fake news

O Facebook também é alvo de críticas por não ter conseguido lidar com a disseminaç­ão de notícias falsas durante a eleição de Trump

Pressão

Mark Zuckerberg, cofundador e presidente-executivo do Facebook, depõe em abril no Congresso dos EUA sobre os vazamentos e em maio no Parlamento Europeu, onde se desculpou pelos vazamentos

Leis de privacidad­e

Em maio, começa a vigorar na União Europeia nova lei de privacidad­e de dados, que exige o consentime­nto do usuário antes de que qualquer informação pessoal sobre ele possa ser coletada. No Brasil, Senado aprova lei semelhante, que ainda depende da sanção de Temer

Ações despencam

Na quinta (26), ações do Facebook caem 19% e a empresa perde US$ 120 bilhões (R$ 440 bilhões) em valor de mercado; na véspera, a rede social divulgara receita abaixo da esperada, menor cresciment­o na base de usuários e projeções menos otimistas para os próximos trimestres, além de perspectiv­as de aumento de gastos com segurança em meio à pressão de autoridade­s regulatóri­as

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