Não há acusação nos contratos, dizem estatal e grupo
A Petrobras, em nota, disse que “não há na Lava Jato nenhuma decisão judicial que confirme a existência de sobrepreço” em relação aos navios-sonda Norbe.
A hipótese levantada de existência de irregularidades não se confirmou, afirmou a estatal.
Na mesma linha, a Odebrecht disse que seu braço Óleo e Gás (OOG), hoje Ocyan, “não sofreu nenhum tipo de acusação, inquérito policial ou denúncia criminal relacionado aos contratos que mantém com a Petrobras”.
Entre os 77 delatores do grupo, notou, nenhum fazia parte dos quadros da OOG ou relatou qualquer irregularidade relacionada à empresa.
“Investigações do Ministério Público e da Polícia Federal, além de auditorias internas, não encontraram nenhuma irregularidade nos contratos da empresa”, afirma.
Segundo a assessoria da Odebrecht, nas mensagens interceptadas pela PF, Marcelo discutia modelos lícitos de operação comercial de sondas que ainda seriam fabricadas por estaleiros nacionais e futuramente seriam operadas por empresas prestadoras de serviços de exploração de petróleo, ramo em que a OOG, atual Ocyan, atua.
Sobre os pagamentos feitos à Odebrecht durante o bloqueio cautelar, a Petrobras diz que nos contratos em questão “eventuais aditivos passaram a incluir novas medidas de compliance, que incluíam cláusulas anticorrupção”.
A estatal apontou como indício da efetividade da lista suja o fato de a Odebrecht ter recorrido contra o bloqueio na Justiça em duas ações.
A Petrobras também afirmou que, como compromisso para sair da lista suja, “a Odebrecht terá de manter um programa de integridade efetivo”, cuja verificação poderá ser feita por auditoria realizada pela estatal.
Em relação ao seu portal da transparência, a estatal diz que ela “evita erros, uma vez que um contrato não vale, necessariamente, a partir da data de assinatura”.