Folha de S.Paulo

Itaú Unibanco tem lucro de R$ 12,8 bi no 1º semestre

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O Itaú Unibanco teve leve variação no lucro do segundo trimestre. As receitas maiores nas áreas de tarifas, crédito e vendas de carteiras compensara­m os efeitos do aumento de despesas com provisões para perdas com inadimplên­cia.

O maior banco privado do país informou nesta segundafei­ra (30) que teve lucro líquido recorrente de R$ 6,38 bilhões no segundo trimestre, alta de 3,5% sobre igual período de 2017, mas com recuo de 0,6% na medição sequencial. As projeções para o ano foram mantidas.

O lucro líquido recorrente no primeiro semestre foi de e R$ 12,8 bilhões. De acordo com nota, houve um aumento de 3,7% na comparação com o mesmo período de 2017.

A carteira de crédito evoluiu 3,7% em três meses e 6% ante os resultados de 2017, para R$ 623,3 bilhões.

A expansão, pontuada pelo foco nas operações que rendem maiores spreads, como no varejo, fizeram a margem financeira com clientes crescer 4,5% na base sequencial, para R$ 15,95 bilhões.

A margem com clientes ajustada ao risco subiu de 7,4% para 7,6% no período.

De acordo com o banco, “há uma retomada gradual da concessão de crédito, com aumento da demanda em diversas linhas”.

Todas as carteiras de crédito oferecidas pelo Itaú Unibanco registrara­m cresciment­o, o que resultou em alta de 3,7% da carteira total ajustada.

“Apesar da redução das expectativ­as de cresciment­o econômico para 2018, a demanda por crédito continua saudável. No primeiro semestre de 2018, concedemos 28% mais créditos para pessoas físicas e 20% mais créditos para as micro, pequenas e médias empresas em relação ao mesmo período de 2017.”

Além disso, os R$ 8,73 bilhões da receita com tarifas e serviços representa­ram um aumento de 2,3% ante o primeiro trimestre e de 8,6% ano a ano.

O Itaú Unibanco ainda teve no período receita com a venda de carteiras ativas sem retenção de riscos, com valor de face de R$ 608 milhões.

O banco também vendeu carteira que já tinha sido baixada a prejuízo com valor de face de R$ 7,4 bilhões (segundo o banco, de um grande cliente), com impacto de R$ 101 milhões no lucro líquido.

Isso compensou o aumento de 3,9% das provisões para perdas esperadas com calotes, também sequencial, para R$ 4,27 bilhões. O banco atribuiu esse aumento à expansão maior da carteira de varejo, que incorre em maior risco.

O custo do crédito —o resultado das provisões para inadimplên­cia menos os valores recuperado­s— caiu 4,9% ante o trimestre anterior e 19,5% ano a ano, para R$ 3,6 bilhões.

Essa evolução se deu em um ambiente de prolongada melhora do perfil de risco da carteira. O índice de inadimplên­cia acima de 90 dias caiu a 2,8%. Trata-se do menor nível em 13 trimestres, conseguido com apoio das operações no Brasil, onde o índice foi de 3,4%, também o menor desde o primeiro trimestre de 2015.

Entre os pontos de menor brilho no balanço, as despesas não decorrente­s de juros, de R$ 12,26 bilhões, representa­m aumento sequencial de 5% e subiram 6,1% ano a ano, refletindo, em parte, maiores gastos com marketing durante o Copa do Mundo.

O Itaú Unibanco também teve uma importante queda de 22,8% na margem financeira com o mercado (tesouraria) em relação ao trimestre anterior, para R$ 1,34 bilhão.

O banco teve redução sequencial de R$ 89 milhões nas receitas de serviços com cartões de crédito, devido às maiores despesas com programas de recompensa­s e menores receitas com aluguel de máquinas e com taxa de desconto.

No conjunto, o retorno recorrente sobre o patrimônio líquido, que mede como um banco remunera o capital do acionista, foi de 21,6% no trimestre, queda de 0,6% contra o trimestre anterior, e aumento ano a ano de 0,1%.

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