Dinamarquesas desafiam lei que proíbe uso de véus
Nesta quarta (1º), quando véus que cobrem o rosto forem proibidos na Dinamarca, Sabina não vai deixar seu niqab em casa. Em vez disso, vai desafiar a lei e leválo à rua em protesto.
Em maio, o Parlamento baniu o uso em lugares públicos de véus que cobrem o rosto, juntando-se a países como a França, para defender o que alguns políticos dizem ser valores democráticos e seculares.
Mas Sabina, 21, uniu forças a outras mulheres muçulmanas para formar o grupo Kvinder I Dialog (Mulheres em Diálogo) e protestar para defender o direito de expressar sua identidade como quiser.
“Se eu tiver que tirar meu niqab [véu que deixa apenas os olhos à mostra], que seja por minha escolha”, diz ela, que não revela o sobrenome.
No ato do dia 1º, usuárias de niqab terão a companhia de mulheres muçulmanas que não usam véus e mulheres de outras religiões; a maioria usará alguma cobertura no rosto.
“Todos querem definir quais são os valores dinamarqueses”, diz Meryem, 20, nascida no país e filha de turcos. Ela usa o niqab e vai protestar na quarta.
Com a lei, policiais poderão instruir mulheres a tirar o véu ou pedir que elas deixem os locais. Também poderão ser emitidas multas, de 1.000 coroas dinamarquesas (R$ 585) na primeira infração a 10 mil coroas (R$ 5.850) no caso de uma quarta reincidência.