CNPq e Finep alertam para dificuldades no orçamento de 2019
são paulo Depois da Capes se pronunciar sobre o possível corte de bolsas de estudos para 2019, agora foi a vez do CNPq e da Finep fazerem declarações sobre os riscos do encolhimento orçamentário.
Em carta aberta, o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) alerta que o corte previsto de cerca de 33% de seu orçamento poderá limitar lançamento de editais e contratações de novos projetos.
Segundo a agência, as bolsas já concedidas não estão ameaçadas para o ano de 2019, mas que os cortes afetam o sistema brasileiro de pesquisa.
“A história comprova isso: nações que se desenvolveram efetivamente, que deram salto em busca de se tornarem mais prósperas e justas, valeram-se intensamente dos benefícios proporcionados pela pesquisa científica”, diz a carta.
A entidade afirma que o investimento atual em ciência no país chega a 1,2% do PIB (Produto Interno Bruto) e pede que esse valor seja aumentado para, no mínimo, 2%.
O CNPq diz que o seu orçamento de 2018 foi de R$ 1,2 bilhão e que a previsão para 2019 é de R$ 800 milhões.
No caso da Finep (Financiadora de Inovação e Pesquisa), os recursos —provenientes do FNDCT (Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico)— necessários para o cumprimento correto de todos os compromissos de fomento (linha não reembolsável) estão na casa de R$ 1,6 bilhão, segundo Marcos Cintra, presidente da entidade.
O orçamento de 2019 destinado a esse fim seria de R$ 746 milhões e pode diminuir. “É um panorama assustador, de renúncia de toda e qualquer iniciativa de apoio à ciência e tecnologia no Brasil.”