Folha de S.Paulo

Comida descomplic­ada

Pecorino não surpreende, mas atrai no almoço com bufê e pratos básicos

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Em 2010, o Pecorino abriu sua primeira unidade, com a bandeira “bar e trattoria”. Oito anos depois, a marca se desdobrou em 19 endereços não só em São Paulo, mas em locais como Brasília e Minas Gerais, incluindo franquias. Neste processo de cresciment­o, abraçou mais uma bandeira: a da cozinha mediterrân­ea. É com essa que acaba de se instalar no que se habituou chamar de Baixo Pinheiros.

Sua fórmula para o almoço, quando adota sistema de bufê, tem atraído a vizinhança, a movimentar um simpático salão envidraçad­o, banhado de luz natural.

Numa mesa ampla ficam saladas básicas —não vibram, mas cumprem sua função, sem pretensão, com itens leves e frescos. Brócolis e couve-flor, por exemplo, são ultracozid­os e perdem a firmeza gostosa de morder.

Mais úmida e menos massuda, a torta de frango podia se sair melhor. Ao ceviche falta potência de temperos e nuances (acidez, picância) mas está na média, ainda que os peixes descansem em demasia na marinada.

Paga-se R$ 43,90 no bufê. Com mais R$ 11,90 pode-se pinçar qualquer prato quente do à la carte. Por R$ 53,90, come-se o bufê e um prato quente do dia. Esse, bem servido, pode ser, às terças, um estrogonof­e com tiras macias de filé-mignon em creme denso e pesado, com champignon em conserva.

Das opções fixas, o polpettone à parmigiana é sugestão da casa, mas exibe senãos. Sobre um molho espesso de tomate, a carne moída é como um bolo compactado, e lhe falta suculência. O queijo que esconde em seu interior, porém, escorrega, derretido, ao ser alcançado com o garfo. Em sua companhia, sobra gordura ao linguine com manteiga e sálvia.

À noite, o cardápio agrega sugestões de pizza feita em forno a gás, vendidas nos tamanhos míni e pequena, ambas individuai­s.

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