Folha de S.Paulo

Explosão em depósito mata 39 civis em último bastião da oposição na Síria

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A explosão neste domingo (12) de um depósito de armas em uma área residencia­l da província síria de Idlib matou ao menos 39 civis, incluindo 12 crianças, informou a ONG Observatór­io Sírio dos Direitos Humanos.

Ainda não se sabe o que causou a detonação, que também fez dois prédios desabarem.

Os Capacetes Brancos, socorrista­s que atuam em zonas controlada­s por rebeldes opositores do regime de Bashar al-Assad, se dirigiram para a área da explosão, na cidade de Sarmada. Com a ajuda de uma escavadeir­a, eles tentam retirar os escombros, em busca de possíveis sobreviven­tes —cinco pessoas haviam sido resgatadas até a conclusão desta edição.

Segundo o diretor do Observatór­io, Rami Abdel Rahman, o depósito pertencia a um traficante de armas que trabalhava para Hayat Tahrir Al-Sham, um grupo extremista formado pelo ex-braço sírio da Al Qaeda, que controla a maior parte da província.

A maioria dos civis mortos pertence a famílias de combatente­s do Hayat, disse Rahman, acrescenta­ndo que o número de vítimas pode aumentar diante das “dezenas de pessoas ainda desapareci­das”.

Após sete anos de uma guerra civil que já deixou mais de 400 mil mortos, a província de Idlib é uma das últimas da Síria que não estão sob controle de Assad. O ditador já anunciou que reconquist­ar essa região, perto da fronteira com a Turquia, é um de seus principais objetivos.

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Associated Press Socorrista busca sobreviven­tes em prédio que desabou após explosão na Síria

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