Justiça dá duas liminares contra edital do Banco do Brasil, que vai recorrer
O Banco do Brasil vai recorrer de uma decisão liminar da Justiça que interrompeu a contratação de trabalhadores para a cobrança de dívidas.
A juíza Lisia Rodrigues, da Justiça do Rio, suspendeu um edital no dia 30 de julho. Os advogados da instituição pediram reconsideração, mas em nova liminar, ela não acatou.
O banco vai entrar com ação em segunda instância.
A instituição financeira trava disputa legal e administrativa, no TCU (Tribunal de Contas da União), contra parte dos atuais prestadores de serviço.
Foi uma empresa de cobrança que moveu a ação.
A consultoria McKinsey auxilia o banco a economizar no processo de receber valores atrasados dos clientes.
Uma orientação foi centralizar o serviço, hoje prestado por 117 empresas. Elas têm contratos em regime de emergência há um ano e meio.
O plano é aproveitar a estrutura de uma subsidiária do banco, a BBTS, que faz serviços de teleatendimento.
Parte das cobranças já são de responsabilidade dela —20%. A BBTS, porém, não teria gente para fazer todo o serviço.
A subsidiária abriu licitação para contratar mão de obra terceirizada. Esse é o edital que foi suspenso pela juíza.
Há indícios de que a BBTS quer subcontratar para “burlar a norma que exige a realização de concurso público”, escreveu ela na primeira decisão.
Na sua segunda sentença, a Rodrigues afirma que “as exigências previstas no edital demonstram a possibilidade de direcionamento da licitação”.