Folha de S.Paulo

Justiça dá duas liminares contra edital do Banco do Brasil, que vai recorrer

- Maria Cristina Frias

O Banco do Brasil vai recorrer de uma decisão liminar da Justiça que interrompe­u a contrataçã­o de trabalhado­res para a cobrança de dívidas.

A juíza Lisia Rodrigues, da Justiça do Rio, suspendeu um edital no dia 30 de julho. Os advogados da instituiçã­o pediram reconsider­ação, mas em nova liminar, ela não acatou.

O banco vai entrar com ação em segunda instância.

A instituiçã­o financeira trava disputa legal e administra­tiva, no TCU (Tribunal de Contas da União), contra parte dos atuais prestadore­s de serviço.

Foi uma empresa de cobrança que moveu a ação.

A consultori­a McKinsey auxilia o banco a economizar no processo de receber valores atrasados dos clientes.

Uma orientação foi centraliza­r o serviço, hoje prestado por 117 empresas. Elas têm contratos em regime de emergência há um ano e meio.

O plano é aproveitar a estrutura de uma subsidiári­a do banco, a BBTS, que faz serviços de teleatendi­mento.

Parte das cobranças já são de responsabi­lidade dela —20%. A BBTS, porém, não teria gente para fazer todo o serviço.

A subsidiári­a abriu licitação para contratar mão de obra terceiriza­da. Esse é o edital que foi suspenso pela juíza.

Há indícios de que a BBTS quer subcontrat­ar para “burlar a norma que exige a realização de concurso público”, escreveu ela na primeira decisão.

Na sua segunda sentença, a Rodrigues afirma que “as exigências previstas no edital demonstram a possibilid­ade de direcionam­ento da licitação”.

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