Fotógrafo monta estúdio em hospital para retratar grávida
A profissão de fotojornalista está invariavelmente associada à emoção de estar no lugar certo na hora certa. Prêmios coroam aqueles que conseguiram congelar no instante da foto um momento que mudou tudo ou trouxe até o leitor uma história jamais contada.
O que pouca gente mostra é que, por trás de cada foto, existe uma produção, que às vezes envolve muito mais do que estar no lugar certo, na hora certa.
Para retratar um dos personagens da matéria “Acelerou, direito”, publicada na revista sãopaulo no último domingo (12), sobre a nova geração de advogados de escritórios paulistanos, o fotógrafo Eduardo Anizelli precisou carregar para o hospital Albert Einstein cinco tripés, um rolo de papel de 2,5m, flashes, fios, rebatedores, dois assistentes e uma produtora.
“Acho que foi a produção mais atípica que fiz para um retrato, levei o triplo de equipamento que costumamos levar para a rua”, conta ele, fotógrafo da Folha há dez anos.
A advogada Veronica Sterman, 34, umas das personagens da reportagem, topou fazer a foto, mas tinha um detalhe: grávida de sete meses de uma gestação de risco, ela não poderia sair do hospital.
Se ela não poderia vir ao estúdio, a opção foi levar o estúdio até ela. “Envolveu muita gente, desde repórter, produtora, até os assessores do hospital. Demoramos quase duas horas para montar o set e nem cinco minutos para fazer a foto”, diz Anizelli.
Depois de feita a foto, foi hora de trazer tudo de volta para a Redação e remontar,pois outros dois personagens ainda seriam clicados aqui.