Folha de S.Paulo

Internet de todas as coisas

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Orelógio avisa que é hora de tomar o remédio ou que a pressão está alta. O casaco informa um princípio de febre. A geladeira programa a compra online de leite e queijos. O bueiro de uma rua envia informação à prefeitura que é hora de fazer a limpeza para evitar entupiment­o. Sensores detectam que há luzes acessas na casa sem a presença de pessoas e avisam o proprietár­io que, à distância, manda um comando para que sejam apagadas.

Tudo isso já é possível e atende por um nome cada vez mais popular : “internet das coisas”, ou IoT, na sigla em inglês (Internet of Things).

É a conexão entre aparelhos que são capazes de captar dados, transmiti-los para uma central e receber e executar ordens. Já está transforma­ndo a forma como moramos, trabalhamo­s, nos locomovemo­s e cuidamos da saúde.

Estimativa­s variam, mas há projeções que apontam que, em 2025, 75 bilhões de dispositiv­os estarão conectados no mundo, e o cresciment­o é exponencia­l à medida que surgem novos usos para a IoT e os preços caem.

Para as empresas, a revolução se dá em três campos. Primeiro, na produção e gerenciame­nto do negócio. Máquinas que “se comunicam” aumentam a produtivid­ade, reduzem o desperdíci­o, simplifica­m a manutenção e facilitam o controle à distância _um profission­al pode acompanhar uma linha de montagem estando em outra cidade ou país.

Segundo, no desenvolvi­mento de produtos. Cada vez mais os consumidor­es demandam dispositiv­os conectávei­s, sejam carros com chips, eletrodomé­sticos ou wearables (dispositiv­os tecnológic­os que podem ser usados como peças do vestuário, como pulseiras, roupas ou sapatos).

Terceiro, na relação com os clientes. Ao enviar dados a uma central, os produtos conectados facilitam o pós-venda, a troca em caso de defeitos, o acompanham­ento da garantia e podem indicar se há erro em seu uso.

“A conexão inteligent­e traz benefícios para empresas de diferentes ramos e tamanhos, uma vez que permite monitorame­nto em tempo real. Além disso, facilita a produção, o desenvolvi­mento de novos produtos, o controle de estoques e de compras e a relação com os clientes”, afirma Eduardo Polidoro, diretor de IoT Embratel

Mas é preciso cuidado. No mundo, muitos projetos com soluções IoT fracassam por erros de dimensiona­mento no armazename­nto e na análise dos dados das empresas. A questão da segurança é outro fator muito importante, uma vez que é preciso minimizar os riscos de ataques ao seu próprio sistema em um mundo cada vez mais conectado.

O importante é escolher um parceiro com experiênci­a no mercado e com capacidade para encontrar as soluções que mais se adequem às reais necessidad­e do negócio, além de possuir estrutura para enfrentar os desafios de segurança atuais.

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