Caixa reduz empréstimos, e lucro sobe 34% no 1º semestre
A Caixa Econômica Federal cortou despesas administrativas e colocou o pé no freio no oferecimento de crédito comercial para organizar as contas.
O banco reportou, nesta segunda-feira (20), lucro líquido de R$ 3,46 bilhões no segundo trimestre, alta de 8,6% em relação aos três primeiros meses deste ano e de 34% ante igual período de 2017.
No primeiro semestre, o lucro soma R$ 6,65 bilhões, 63,3% superior ao de 12 meses atrás e o maior montante já alcançado em um semestre.
O resultado operacional atingiu R$ 9,1 bilhões no primeiro semestre, crescimento de 127% sobre 2017.
O desempenho foi possível pela queda de 5,8% nas despesas administrativas —só gastos com pessoal recuaram 7,5%, em meio a planos de demissão voluntária— e redução nas despesas com provisão para crédito duvidoso, dado que a carteira do banco diminuiu no período.
Ao mesmo tempo, as receitas com tarifas avançaram 6,5%, impulsionadas por serviços de conta-corrente e fundos de investimentos.
As receitas com operações de crédito, por outro lado, caíram 13,7%, afirmou Arno Meyer, vice-presidente de finanças e controladoria da Caixa.
A carteira de crédito ampla totalizou R$ 695,3 bilhões, um recuo de 2,9% na comparação anual, apesar do aumento de 3,6% no crédito habitacional —o banco detém 69,3% desse segmento.
Houve redução na exposição de carteiras de maior risco, como pessoas jurídicas —queda de 25,7%.