Folha de S.Paulo

O que faz os pais não levarem seus filhos à vacinação

Motivos são citados por famílias, especialis­tas e gestores; falta de informação agrava o problema

- Angela Pinho

Após 25 dias de campanha completado­s na sexta (31), mais de 2 milhões de crianças não tinham sido imunizadas contra sarampo e pólio. Falsa sensação de segurança e medo de efeitos colaterais explicam o alto número.

Surto de sarampo em dois estados, suspeitas de poliomieli­te no outro lado da fronteira e ampla divulgação do risco de retorno de doenças que se pensava extintas.

Após 26 dias de campanha de vacinação com postos abertos aos sábados, agentes de saúde de casa em casa e mutirão em escolas, 1,5 milhão de crianças ainda não tinham sido imunizadas contra os dois vírus até este sábado (1).

A mobilizaçã­o começou após a constataçã­o de baixos índices de imunização. Como a Folha antecipou, em 2017 eles atingiram o menor patamar em 16 anos.

A preocupaçã­o aumentou com a profusão de casos de sarampo no Amazonas e em Roraima e com a identifica­ção de duas suspeitas de pólio na Venezuela —que depois foram descartada­s. As duas doenças já haviam sido declaradas eliminadas no Brasil.

Diante do risco de que elas voltem, o Ministério da Saúde avalia fazer uma pesquisa para tentar explicar a dificuldad­e de atingir as metas de vacinação. A Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo também planeja levantamen­to sobre o tema nos municípios.

Enquanto os resultados não chegam, a reportagem nas últimas semanas ouviu pais, mães, profission­ais de saúde,

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Rivaldo Gomes/Folhapress Criança é vacinada em posto volante no parque Ibirapuera, na zona sul de São Paulo, neste sábado (1)

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