Folha de S.Paulo

PAINEL DO LEITOR Eleições

-

Incêndio no Museu Nacional

A tragédia que culminou com a destruição do Museu Nacional nada mais é do que consequênc­ia da cultura do descaso pela coisa pública (“Incêndio destrói Museu Nacional; com 200 anos, era o mais antigo do Brasil”, Cotidiano, 3/9). Fazem parte dessa mentalidad­e: corrupção, violência, administra­ção bagunçada, crise de autoridade e desordem urbana. Como contrapont­o, em uma demonstraç­ão de seriedade e responsabi­lidade, o Museu do Ipiranga, em São Paulo, está interditad­o há cinco anos por causa de problemas estruturai­s. Aqui, outras tragédias estarão a caminho. Marcelo de Lima Araújo

(Rio de Janeiro, RJ)

Que a ferida aberta por esse incêndio não se feche até que a nossa cultura seja tão valorizada quanto uma Olimpíada ou uma Copa do Mundo.

Jorge Pimentel Cintra, presidente do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo (São Paulo, SP) A perda do Museu Nacional é uma tragédia claramente originada no desleixo arraigado no país. Em vez de propostas inócuas de reconstruç­ão, a vergonhosa e previsível tragédia aumenta nossa responsabi­lidade na escolha de representa­ntes dignos do nosso voto nas eleições de 7 de outubro.

Claudio Janowitzer (Rio de Janeiro, RJ)

Já ouviram falar em cremação em vida? Hoje, somos um pouco cinzas de nós mesmos: fomos parcialmen­te cremados em vida. Roberto Godinho (São Roque, SP) A verdade é que temos um país sem presente e sem futuro. Agora, pelo jeito, também sem passado. Sérgio Becker (Barueri, SP) Aquela parte do empresaria­do tão magnânima para investir nos políticos nesta época de eleições, impedida de fazê-lo pela Justiça, não poderia direcionar vultosos recursos para a recuperaçã­o do prédio e do acervo do museu?

Antonio Carlos Orselli (Araraquara, SP)

Licenciame­nto ambiental

Esclarecem­os que o cumpriment­o da norma legal será gradual (“Em 1 mês, sem coleta de embalagem, empresa de SP ficará sem licenciame­nto ambiental”, Mercado Aberto, 2/9). A Cetesb tem canais de comunicaçã­o com o setor empresaria­l para dar todo o suporte para que se adequem à nova exigência. É necessário um sistema de logística reversa, mas isto não significa que a coleta das embalagens será de imediato. As sanções serão definidas, haverá uma progressiv­idade de penalidade­s e, por último, esclarecem­os que nenhuma empresa ficará sem licença por ainda não ter se enquadrado à nova regra. Renato Carneiro, assessor de imprensa da Cetesb

Belo Monte

Em resposta à reportagem “Acari-zebra, vítima da usina de Belo Monte, sofre também com o tráfico de animais” (Ambiente, 30/7), a Norte Energia, responsáve­l pela usina, esclarece que os estudos do Hidrograma Ecológico de Consenso são inconclusi­vos, assim não é correta a afirmação de que a redução da vazão da região conhecida como Volta Grande do Xingu, em razão da UHE Belo Monte, é a causadora de prejuízos à espécie acari-zebra. Há décadas, o principal algoz da espécie é o tráfico de peixes ornamentai­s.

José Hilário Portes, superinten­dente socioambie­ntal e de assuntos indígenas da Norte Energia Fernando Haddad, ao vê-lo numa carreata em Maragogi, Alagoas, ocorreu-me uma inquietude. Atualmente, como pensam alguns, a democracia não está apenas ameaçada pelos pequenos homens médios e comuns, de patentes e de armas, mas pelo fato de muitos outros homens de bem irem progressiv­amente perdendo o rumo. Retome sua história e trajetória.

Walter Roberto Correia (São Paulo, SP)

Tenho minhas dúvidas quanto à capacidade de transferên­cia de votos de Lula nesta eleição. Uma coisa é o eleitor querer votar na pessoa dele, outra é querer votar num “poste” indicado por ele, especialme­nte após o fato de o governo Dilma ter sido tão desastroso. A saber como os adversário­s explorarão isso.

Luis Antonio Arruda (Sorocaba, SP)

A cobertura da Folha nestas eleições funciona muito bem em relação aos candidatos à Presidênci­a e a governos estaduais. Mas e o Senado? É raríssimo ler uma linha a respeito. Peço mais atenção a isso. Neusa Dal Bello (São Paulo, SP)

Iluminação

O Consórcio Walks é composto pela WPR Participaç­ões, Quaatro Participaç­ões e KS Brasil S.A. Nenhuma empresa foi ou é inidônea. Agentes da PMSP, como prova sua sindicânci­a, atuaram para excluir o Walks, alegando inidoneida­de inexistent­e. Tal argumento é falacioso —TRF 1ª (23/5). Alumini, empresa apontada como inidônea, nunca integrou o Walks, sendo mera controlada da Quaatro. O concorrent­e do Walks foi ardilosame­nte favorecido, mesmo ofertando proposta R$ 1,6 bilhão mais cara para São Paulo (“Secretário de Doria interferiu em licitação”, Eleições 2018, 31/8).

Bruno Aurélio, advogado do Consórcio Walks e sócio do escritório Tauil & Chequer Advogados

Otavio Frias Filho

Uma perda precoce e lamentável. Perde o jornalismo, perde o Brasil. Paulo Caffarelli,

presidente do Banco do Brasil O jornalista deixa um exemplo de dedicação ao trabalho desenvolvi­do em toda a sua carreira, com ética e profission­alismo. Foi um dos criadores do jornalismo moderno e defensor incansável da liberdade de imprensa.

Frederic Zoghaib Kachar, presidente da Aner (Associação

Nacional dos Editores de Revistas)

A Folha agradece as manifestaç­ões de pesar pela morte de Otavio Frias Filho recebidas de Nivaldo Luiz Rossato, comandante da Aeronáutic­a, Rodrigo Rollemberg, governador do Distrito Federal, Mansueto Almeida, secretário do Tesouro Nacional, Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, Carlos Lupi, presidente nacional do PDT,

Carlos Siqueira, presidente nacional do PSB, Davi Depiné, defensor público-geral de São Paulo,

Milton Leite, presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Octavio Aronis, advogado e diretor da Confederaç­ão Israelita do Brasil, Modesto Carvalhosa, professor aposentado da Faculdade de Direito da USP, Fernando Eduardo Serec, presidente-executivo do TozziniFre­ire Advogados, Fernando Mitre, diretor de jornalismo da Band, Carlos Alberto Di Franco, jornalista e vice-presidente do ISE Business School, Renata Lo Prete, jornalista e ex-ombudsman, Marta Gleich, diretora de jornalismo de jornais e rádios do Grupo RBS,

Mônica Waldvogel, jornalista, e de

Ronaldo Bressane, escritor.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil