Folha de S.Paulo

Muito além dos robôs Impressão 3D

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Facilita a realização de protótipos

Esqueça a imagem de robôs com aparência humana construind­o coisas. A quarta revolução industrial é muito mais do que isso. A Indústria 4.0 é constituíd­a por uma série de tecnologia­s e sistemas inteligent­es que dão às máquinas o poder de analisar grandes quantidade­s de dados, aprender com eles e tomar decisões praticamen­te sozinhas. Equipament­os ligados em rede interagem entre si. Protótipos são feitos em impressora­s 3D. Salas de Realidade Virtual simulam operações de risco. Com a Internet das Coisas (IoT), máquinas se comunicam, peças são rastreadas, e o controle da fábrica é feito a distância.

O conceito de Indústria 4.0 nasceu na Alemanha. Incentivad­a pelo governo, em conjunto com universida­des, empresas de tecnologia e centros de pesquisa, essa nova indústria tem como base tecnologia­s digitais que permitem interligar equipament­os a uma rede de transmissã­o de dados, possibilit­ando comunicaçã­o e interação. Com a cadeia conectada, a produção fica automatiza­da e autônoma, com máquinas que conversam e geram informaçõe­s transmitid­as em tempo real. Todo o processo é adaptado às necessidad­es da produção, com menor uso de insumos e maior produtivid­ade.

A customizaç­ão dos produtos é outra vantagem da indústria 4.0. Se hoje já é possível escolher peças e montar seu carro no site do revendedor, com a produção inteligent­e essas informaçõe­s irão diretament­e para a linha de montagem, e o carro será entregue mais rapidament­e.

Em que estágio está o Brasil nesse caminho para a manufatura avançada? “Estamos no início, e tudo deve ser feito em etapas. Não dá para desligar tudo, jogar os sistemas fora e começar do zero. Precisamos ter plataforma­s de integração entre diferentes tecnologia­s”, afirma Eduardo Mario Dias, professor titular e coordenado­r do Grupo de Automação Elétrica em Sistemas Industriai­s da Poli-USP.

Como conectivid­ade e integração são conceitos-chave, é importante encontrar um parceiro eclético em termos de tecnologia que possa ajudar as indústrias a avançarem para o modelo 4.0.

A Embratel, por exemplo, tem em seu portfólio soluções convergent­es de Telecom e TI, além de desempenha­r o papel de integrador­a, tão importante para que as indústrias tenham seus sistemas tecnológic­os integrados. Realiza a integração das soluções que fornece e também entre elas e os sistemas legados da empresa.

Outro ponto fundamenta­l é treinament­o de pessoal, já que as indústrias precisam capacitar seus profission­ais para supervisio­nar a produção automatiza­da.

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