Governos contestam; tucano afirma que SP segue caminho certo
A assessoria de Geraldo Alckmin (PSDB) defendeu, em nota, que o avanço de São Paulo no Ideb do ensino fundamental “mostra que o estado está no caminho correto, já que seus estudantes tiveram crescimento nas provas de matemática e português”.
Sobre o ensino médio, Alckmin afirmou que “é notório que todo Brasil está estagnado”. De acordo com a nota, a etapa tem um modelo que não atrai o interesse dos alunos.
“A perda de posições no ranking elaborado pela imprensa aponta que, apesar do crescimento paulista, outros restados avançaram mais, o que é positivo para o país”, afirmou.
Márcio França (PSB) assumiu o governo com a saída de Alckmin e é candidato à reeleição. A Secretaria de Educação do governo diz que os resultados mostram “a necessidade de aperfeiçoar”. “A pasta reconhece resultados importantes, o esforço dos profissionais da rede estadual, porém,açõescomoavalorização do professor e o investimento em tecnologia de ponta, com lousas digitais, são fundamentais para avançar a qualidade.”
Ex-secretário de Educação de SP de 2016 a 2018, José Renato Nalini, não se manifestou.
A rede paulista administra 5,3 mil escolas. Dos 3,8 milhões de alunos, a maior do país, 40% são de ensino médio. O estado tem a marca mais positiva de atendimento escolar na etapa, com 78% de jovens de 15 a 17 anos matriculados na etapa. Essa taxa no Brasil é bem pior, de 63%.
Cinco governadores de estados do Nordeste (BA, CE, PB, PE e PI) divulgaram carta em que questionam critérios de divulgação da avaliação.
Em relação ao ensino médio, contestam a exclusão de escolas técnicas no cálculo. Questionam ainda a falta de exigência de participação de 80% dos alunos, como previsto em plano de educação. Segundo ele, os resultados seriam melhores dessa forma.
O MEC diz que os critérios são iguais ao de anos anteriores e que só 5,5% das matrículas são do ensino técnico.