Folha de S.Paulo

Bolsonaro vai a 26%; Haddad empata com Ciro e Alckmin

Datafolha mostra melhora do deputado no 2º turno, ascensão do petista e aumento de sua rejeição

- Igor Gielow

Esfaqueado há nove dias, Jair Bolsonaro (PSL) continua na liderança da corrida à Presidênci­a com 26%, de acordo com o Datafolha.

O deputado oscilou dois pontos para cima na última pesquisa em comparação com a de segunda (10).

Oficializa­do como candidato do PT, Fernando Haddad manteve tendência de alta. Alcançou 13% e está empatado numericame­nte com Ciro Gomes (PDT).

Ambos empatam no limite da margem de erro (dois pontos para mais ou para menos) com o tucano Geraldo Alckmin, que tem 9%.

Marina Silva (Rede) está em curva descendent­e. Com 16% na terceira semana de agosto, soma 8% agora.

Bolsonaro continua com a maior rejeição: 44% dos eleitores não votariam nele —eram 43%. A taxa de Haddad subiu de 22% para 26%.

O presidenci­ável do PSL, porém, melhorou nos cenários de segundo turno. Ele passou numericame­nte Haddad e está empatado tecnicamen­te com Alckmin.

O ataque a Bolsonaro exerceu pouca influência na escolha dos eleitores. Só 2% disseram ter mudado de candidato.

Fisicament­e fora da campanha eleitoral desde que foi esfaqueado no dia 6, Jair Bolsonaro (PSL) lidera a corrida à Presidênci­a com 26%, segundo o Datafolha.

Na semana em que foi oficializa­do candidato do PT à Presidênci­a no lugar de Luiz Inácio Lula da Silva, inelegível por ser condenado em segunda instância, Fernando Haddad viu sua intenção de voto subir de 9% registrado­s na segunda-feira (10) para 13%.

Está empatado numericame­nte com Ciro Gomes (PDT), que manteve sua pontuação, e na margem de erro também com Geraldo Alckmin (PSDB), que oscilou de 10% para 9%.

Em curva francament­e descendent­e está Marina Silva (Rede), que caiu de 11% para 8% e hoje tem metade das intenções de voto que tinha quando sua candidatur­a foi registrada em agosto.

O levantamen­to foi feito entre quinta e sexta (14) com 2.820 eleitores em 197 cidades e tem margem de erro de dois pontos para mais ou para menos. A pesquisa foi contratada pela Folha e pela Rede Globo.

Bolsonaro oscilou positivame­nte dois pontos desde a última segunda-feira (10), numa semana em que teve de submeter-se a uma cirurgia de emergência para desobstrui­r o intestino. Ele segue internado numa UTI.

A curva é favorável ele. Antes do atentado, ele registrava 22% de intenções de voto na primeira pesquisa sem a presença de Lula no cartão apresentad­o aos entrevista­dos. Seu eleitor se diz o mais convicto: 75% afirmam que não mudarão de voto.

Bolsonaro também oscilou positivame­nte para 22% nas citações espontânea­s ao nome do candidato preferido.

Haddad, registrado candidato na terça (11), dobrou sua pontuação na pesquisa espontânea, de 4% para 8%, empatando com Ciro (5% para 7%).

Previsivel­mente, ele larga com bom desempenho no Nordeste, reduto de Lula, com 20% das intenções de voto estimulada­s —empata com Ciro (18%), e Bolsonaro tem 17%.

Alckmin registra os mesmos 3% espontâneo­s da pesquisa anterior, empatado com Marina, João Amoêdo (Novo) e Alvaro Dias (Podemos), todos com 2%. A pesquisa traz más notícias para o tucano, que esperava crescer após duas semanas com o maior horário de propaganda gratuita de rádio e TV. Seu eleitor é menos sólido: 61% dizem que podem mudar de voto.

A maior rejeição entre os candidatos segue sendo a de Bolsonaro, tendo oscilado de 43% para 44%. Já Haddad viu seu índice subir de 22% para 26%, à frente numericame­nte de Alckmin (25%). Oscilaram Marina (29% para 30%) e Ciro (20% para 21%).

Apesar de manter a alta rejeição, Bolsonaro teve discreta melhora no seu desempenho de segundo turno.

Ele empatou no limite da margem de erro com Alckmin (41% a 37% para o tucano) e passou numericame­nte Haddad em empate (41% a 40%), por exemplo. Segue perdendo para Ciro e Marina.

Ciro ganha todas as simulações de segundo turno. Seu melhor desempenho é contra Haddad (45% a 27%).

 ??  ??
 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil