Folha de S.Paulo

Veja erros e acertos do candidato na entrevista

A Lupa checou falas de Fernando Haddad, candidato à Presidênci­a pelo PT, ao Jornal Nacional.

- lupa@lupa.news Por Chico Marés, Nathália Afonso e Plínio Lopes

“[Em 2016] o PSDB era de santos, o PMDB era de santos, o PP era de santos” Ao ser questionad­o sobre o motivo de sua não reeleição como prefeito de São Paulo, Haddad afirmou que, em 2016, só o PT era alvo de denúncias e notícias negativas. Em suas palavras, o partido tinha virado “o demônio do país”. No período eleitoral de 2016, no entanto, já era pública a primeira “Lista do Janot”, como ficou popularmen­te conhecida a lista de políticos que a Procurador­ia-Geral da República (PGR) pediu que fossem investigad­os por suposto envolvimen­to nos esquemas descoberto­s na Operação Lava Jato. A PGR, à época comandada por Rodrigo Janot, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de inquérito contra 47 políticos, sendo sete deles do MDB, 32 do PP e um do PSDB. Ainda completava­m a lista seis parlamenta­res do PT e um do PTB. Procurado, Haddad não retornou.

“[O Brasil tinha] 4,9% de desemprego em dezembro de 2014”

Segundo a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), do IBGE, a taxa de desemprego no mês de dezembro de 2014 foi de 4,3%, um pouco menor do que o total citado por Haddad. A taxa média anual foi de 4,8%. Mas vale destacar que essa pesquisa foi descontinu­ada em fevereiro de 2016 e substituíd­a pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicí- lios (PnadC), que tem metodologi­a distinta. Entre janeiro de 2012 e fevereiro de 2016, as duas foram realizadas paralelame­nte. Na edição da PnadC do último trimestre de 2014, a taxa de desemprego no país era de 6,5%, a segunda menor da série iniciada em 2012.

“Tasso Jereissati falou: ‘nós cometemos três erros: (...) questionam­os o resultado eleitoral (...). Aprovamos uma pauta em que nós não acreditáva­mos para prejudicar o PT (...). Embarcamos no governo Temer”

Em entrevista concedida ao jornal O Estado de S. Paulo no dia 13, o presidente do PSDB, Tasso Jereissati, disse o seguinte: “O partido cometeu um conjunto de erros memoráveis. O primeiro foi questionar o resultado eleitoral. (...) O segundo erro foi votar contra princípios básicos nossos, sobretudo na economia, só para ser contra o PT. Mas o grande erro, e boa parte do PSDB se opôs a isso, foi entrar no governo Temer”. Ele afirmou, ainda, que os “problemas” de Aécio foram também “a gota d’água”.

“Entreguei [a Prefeitura de SP] com R$ 5,5 bilhões em caixa e R$ 2,2 bilhões para pagar”

O relatório anual de fiscalizaç­ão das contas mostra que o caixa bruto da Prefeitura de SP era de R$ 5,34 bilhões no final de 2016, quando Haddad concluiu sua gestão. As despesas de curto prazo somavam R$ 2,19 bilhões.

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