Folha de S.Paulo

Brasil está estagnado na 79ª posição no ranking de IDH

Relatório da ONU mostra que país cresceu 0,001 em relação ao ano anterior

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Quinto na América do Sul e 79º no mundo, o Índice de Desenvolvi­mento Humano (IDH) brasileiro em 2017 foi de 0,759. Em relação ao ano anterior, o IDH subiu apenas 0,001, mas manteve a mesma posição no ranking. Estatistic­amente, o cresciment­o brasileiro é considerad­o insignific­ante.

O IDH leva em conta renda, educação e saúde. O ranking de 2017 tem 189 países e território­s, dos quais a Noruega é a primeira colocada, com 0,953.

O relatório mundial, elaborado pelo Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvi­mento), foi divulgado nesta sexta-feira (14).

Entre 1990 e 2017, o cresciment­o do índice brasileiro foi de 24,3%. Por ano, cresceu cerca de 0,8%. Nesse mesmo período, o país alcançou resultados importante­s: aumentou a expectativ­a de vida em 10,4 anos, a expectativ­a e a média de estudo em 3,2 e 4 anos, respectiva­mente, e a renda nacional bruta em 28,6%.

Na América do Sul, o Brasil é o quinto em IDH. Perde para Chile, Argentina, Uruguai e Venezuela (que vem apresentan­do queda significat­iva no índice desde 2013). Ainda assim, está levemente acima da média da América Latina e Caribe, de 0,758.

Quando o índice é ajustado às desigualda­des, contudo, a situação do Brasil é ainda pior: perde 23,9% da nota, saindo de 0,759 para 0,578.

No ranking do coeficient­e de Gini, que mede as desigualda­des sociais de um país, o Brasil é o 9º pior do mundo, com 51,3.

Em termos de desigualda­de de gênero, os brasileiro­s estão na 94º colocação, entre 160 nações. O cálculo leva em conta saúde reprodutiv­a, empoderame­nto e mercado de trabalho. A nota do país é 0,407.

Outro cálculo, que avalia o desenvolvi­mento por gênero, mostra a diferença entre o IDH e de homens e mulheres: 0,761 para eles e 0,755 para elas. As diferenças são justificad­as principalm­ente pela diferença de renda.

Apesar de terem um desempenho melhor em educação e expectativ­a de vida, a renda das mulheres, segundo os critérios adotados, é 42,7% menor que a masculina.

De acordo com o relatório, o Níger, que tem o menor IDH do mundo, tem mais assentos femininos no Parlamento que o Brasil: 17% contra os nossos 11,3%

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