CBV proíbe gestos políticos após suposta manifestação pró-Bolsonaro de atletas
A tranquilidade trazida pela vitória sobre a forte França no Mundial masculino de vôlei durou pouco.
Nesta sexta (14), uma polêmica a respeito de uma suposta manifestação de apoio de dois jogadores do time, Wallace e Maurício Souza, ao candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL) estourou nas redes sociais entre os fãs de vôlei.
São duas imagens publicadas no Instagram da CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) e no site da Federação Internacional de Vôlei (FIVB).
Nelas, Souza faz um sinal de 1 com as mãos, enquanto Wallace faz o 7, formando o número do candidato.
Questionada se dava alguma orientação sobre o tema, a CBV disse que “não compactua com manifestações políticas” e que a “gestão da seleção irá tomar providências para não permitir que aconteçam manifestações coletivas”.
As fotos já foram deletadas da rede social da CBV, mas ainda estavam no site da FIVB.
Na internet, torcedores dividem-se entre os que acham que os dois possuem o direito de se manifestar politicamente e os que acreditam que a seleção não é o melhor lugar.
Em geral, entidades esportivas proíbem qualquer exposição relacionada ao assunto entre os atletas que participam de seus torneios —o Comitê Olímpico Internacional (COI), por exemplo, desautoriza manifestações políticas nas Olimpíadas, assim como a Fifa no futebol, sob risco de multas e exclusões.
Procurada, a FIVB ainda não se manifestou.