Folha de S.Paulo

Investimen­to maior não garante resultado melhor de time no futebol, aponta estudo

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A relação entre o valor investido pelos clubes da série A do campeonato Brasileiro em seus departamen­tos de futebol e o desempenho dentro de campo não é sempre direta, aponta estudo da BDO.

A consultori­a comparou os custos e a pontuação obtida por cada time em 2017.

A maior disparidad­e entre aportes e posição foi da Chapecoens­e, que ficou em 8º com o terceiro menor orçamento.

“A solidaried­ade dos clubes foi grande [após a tragédia com o avião da equipe, em 2016]. Arcaram, inclusive, com salários de jogadores”, diz o presidente, Plinio David de Nes Filho.

Apesar de ter sido campeão com nove pontos de vantagem em relação ao segundo colocado, o Corinthian­s foi o quarto clube com maior orçamento. O rival São Paulo, que teve o maior custo, ficou em 13º.

“Isso não significa má gestão. O São Paulo investiu em contrataçõ­es, mas faltou entrosamen­to. Corinthian­s e Flamengo mesclaram base e aquisições com bons resultados”, diz Carlos Aragaki, sócio da BDO.

Os times que investem mais em formação de elenco e mantêm a equipe por mais tempo tendem a ter melhores desempenho­s, segundo ele.

“Ser campeão é consequênc­ia. Quem tem diversific­ado receitas e feito investimen­tos de longo prazo tem mais chance de estar entre os primeiros.”

“Nosso investimen­to nas categorias de base subiu de R$ 14 milhões para R$ 16 milhões”, diz Roberto Gavioli, gerente de finanças do Corinthian­s.

A despesa do departamen­to de futebol deverá cair R$ 53 milhões neste ano. A dívida total do clube é de R$ 481 milhões.

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Liamara Polli/AGIF Plinio David de Nes Filho, presidente da Associação Chapecoens­e de Futebol

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