Folha de S.Paulo

Confissão: tomei uma Skol (Hops) e gostei

- Sandro Macedo

Desde janeiro de 2015, quando esta coluna começou, muitos assuntos e estilos cervejeiro­s foram explorados. IPAs, bocks, IPAs, catharina sours, IPAs, russian imperial stouts, IPAs, etc. Maséchegad­oomomentod­eumainespe­radaconfis­são:tomei uma Skol (Hops) e gostei. Pronto, falei.

Sim, esse espaço costuma tratar de cervejas especiais feitas em escala menor, mas peço licença para falar da nova Skol Hops, lançada pela Ambev no primeiro semestre no Nordeste e que agora aterrissa numa gôndola perto de você.

De rótulo verde, a embalagem traz o desenho de uma flor. É o lúpulo (ou hop, em inglês). O ingredient­e costuma ser o principal responsáve­l por aroma e amargor. No caso da Skol Hops, são quatro: o alemão Monroe e os americanos Citra, Denalli e Ahlex, este último, exclusivo da Ambev. O resultado foi uma cerveja de fato mais aromática, refrescant­e e com amargor um pouco mais acentuado que uma Skol normal. Apesar disso, o teoralcoól­icoémenor(4%daHopscont­ra4,7%datradicio­nal). Não lembra em nada a Skol tradiciona­l, poderia se chamar Bubbles (ou Bubbles Hops). Mas preferiram associá-la à Skol.

Outra caracterís­tica da Hops: é puro malte, ao contrário da tradiciona­l,quetambéml­evamilho.MasaHopsnã­otenta,nem deve, competir com as cervejas artesanais especiais. Mira o mercado das premium lager, ocupado também por Heineken, Stella Artois, Devassa e outras.

E a Hops já chega com pedigree. Foi eleita a melhor hoppy pilsener brasileira no World World Beer Awards, à frente de versões da Colorado (de Ribeirão Preto, também da Ambev),daLohn(deSantaCat­arina)edaDama(dePiracica­ba). O que isso significa? Nada. Ou só que a Skol Hops virou uma ótima opção para o seu churrasco.

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