Marina condena ataque a página de mulheres
salvador e são paulo Atacada por hackers no sábado (16), a página de Facebook “Mulheres Unidas Contra Bolsonaro”, criada por eleitoras que rejeitam o presidenciável do PSL, foi restaurada no início da tarde deste domingo (17).
O grupo, que havia sido criado há duas semanas e reuniu centenas de milhares de participantes, teve o nome mudado no ataque para “Mulheres com Bolsonaro #17” —referência ao número do candidato.
A foto de capa da página foi alterada para uma de Bolsonaro com uma bandeira do Brasil. As administradoras do grupo foram excluídas.
O grupo, que era fechado apenas para participantes inscritos e se dizia apartidário, informava em sua descrição ter sido criado contra o fortalecimento “do machismo, misoginia e outros tipos de preconceitos representados pelo candidato Jair Bolsonaro e seus eleitores”.
Uma das administradoras que teve os dados hackeados registrou um boletim de ocorrência na delegacia de Vitória da Conquista (BA).
O caso será investigado pelo Grupo Especializado de Repressão a Crimes por Meios Eletrônicos da Polícia Civil da Bahia. Segundo a Secretaria de Segurança Pública da Bahia, ainda não há informações sobre a autoria do ataque.
Em nota, o Facebook disse que suspendeu o grupo da rede após o ataque. “O grupo foi temporariamente removido após detectarmos ativida- de suspeita. Estamos trabalhando para esclarecer o que aconteceu e restaurar o grupo às administradoras”.
Neste domingo (16), milhares de pessoas protestaram contra o ata quenas redes sociais,levando ah ashtag#Mu- lh eres Contra OBolson ar opara os trending topics —assuntos mais comentados do Twitter.
Também foram usadas as hashtags #EleNão e #EleNunca nos protestos nas redes.
Um dos filhos de Bolsonaro, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), desqualificou a criação do grupo. Ele disse que a página inicialmente era de teor cômico e afirmou que o jornal britânico The Guardian estava publicando fake news sobre o caso.
A presidenciável Marina Sil- va (Rede) foi uma das que manifestaram solidariedade às mulheres do grupo.
“Estamos diante de uma situação semelhante à que aconteceu nos Estados Unidos [na campanha presidencial de 2016]: setores autoritários querendo influenciar as eleições, abusando do poder econômico, de forma ilícita, para atrapalhar o processo democrático.”
Segundo ela, esse tipo de prática “está ganhando proporção inaceitável”.
A presidenciável também comparou a ação dos hackers com ataques que sofreu em sua campanha de 2014. O si teda candidata chegouà época aficar for adoar.