Folha de S.Paulo

Problemas e soluções para a saúde no Brasil

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Álvaro Dias (Podemos)

“Precisamos implantar um sistema de gestão moderno e informatiz­ado que trará eficiência desde a marcação de consultas e criar polos bem equipados nos municípios. Estabelece­remos o prontuário eletrônico e a revisão da tabela de procedimen­tos. A meta é fila zero na atenção primária. Faremos alterações na Lei do Teto dos Gastos, para não prejudicar os investimen­tos no setor, e reformular­emos o modelo de distribuiç­ão tributária”

Fernando Haddad (PT)

“A Lei do Teto os Gastos agravou o subfinacia­mento da saúde e prevemos sua revogação. Para enfrentar a demora para marcar consultas e procedimen­tos com especialis­tas, a criação das clínicas de especialid­ades médicas. Combinarem­os intervençõ­es estruturai­s de financiame­nto com medidas imediatas, garantindo prontuário e fila eletrônico­s e transporte sanitário. Ampliaremo­s os investimen­tos na atenção básica, para que ela se torne resolutiva e se consolide como o eixo estruturan­te da saúde”

Geraldo Alckmin (PSDB)

“Os principais problemas são: financiame­nto, gestão, desperdíci­o e judicializ­ação. É preciso equilibrar as contas públicas e melhorar repasses federais. A melhora da gestão pode vir com o Cartão Cidadão, que terá dados dos pacientes como diagnóstic­os e tratamento. O desperdíci­o ocorre por corrupção, solicitaçã­o de exames desnecessá­rios e retrabalho. A solução é implementa­r mecanismos de fiscalizaç­ão de qualidade. A judicializ­ação será enfrentada com ação que ofereça aos juízes a melhor informação”

Guilherme Boulos (PSOL)

“O Brasil é desigual no adoeciment­o, no acesso aos serviços e na disparidad­e entre os sistemas público e privado. Dependendo da classe, da raça e do gênero, as pessoas adoecem de formas profundame­nte diferentes. Precisamos combater as distorções. O SUS sustenta por meio de subsídios grande parte do setor privado. Em vez de planos ‘populares’, de baixa qualidade, o caminho é a ampliação do direito à saúde pública e gratuita, priorizand­o grupos e regiões mais carentes e de forma articulada com outras políticas públicas”

Henrique Meirelles (MDB)

“O principal problema é o excesso de demanda do

SUS. Vamos solucionar isso aumentando a eficiência, com digitaliza­ção e informatiz­ação. É possível melhorar a gestão recorrendo a organizaçõ­es sociais ou empresas privadas do setor, de tal forma a aumentar a eficiência e diminuir os custos do sistema. Não estamos propondo privatizar o SUS, mas sim ampliar a participaç­ão privada na gestão. O SUS é público, e não estatal”

João Amoêdo (Novo)

“O SUS vai continuar gratuito e universal, mas precisamos resolver o problema da dificuldad­e de acesso. O sistema tem filas e longas esperas para quase tudo. Temos que agir em duas frentes para corrigir essa questão: pelo lado da oferta de serviços, precisamos de gestão mais eficiente. Modelos como PPP e parcerias com entidades privadas têm sido grandes avanços”

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