Folha de S.Paulo

Síria diz que guerra contra terrorista­s está quase no fim

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O chanceler da Síria, Walid al-Moallem, afirmou em discurso na Assembleia-Geral da ONU neste sábado (29) que a luta de seu país “contra o terrorismo está praticamen­te acabada”.

Moallem afirmou ainda que o regime sírio vai liberar o país de todas as tropas estrangeir­as “ilegítimas”. Ele citou os EUA, a França e a Turquia como exemplo de países que estão na Síria sem terem sido convidados e que devem sair “imediatame­nte”.

O chanceler disse que seu país aceita ajuda para a reconstruç­ão de países não envolvidos em “agressões contra a Síria” e que países que ofereçam ajuda condiciona­l não são “nem convidados, nem bem-vindos”.

“Aceitamos qualquer assistênci­a para a reconstruç­ão daqueles países que não fizeram parte da agressão à Síria”, disse. “Aqueles que só oferecem ajuda condiciona­l ou que continuam a apoiar o terrorismo não são nem convidados nem bem-vindos.”

Segundo Moualem, a Síria já está pronta para a repatriaçã­o voluntária dos milhares que fugiram do país durante os mais de sete anos de guerra em que mais de 400 mil pessoas foram mortas.

“A situação no terreno está mais estável e segura, graças ao combate ao terrorismo. Todas as condições estão presentes para o retorno voluntário dos refugiados.”

Forças sírias, com apoio de Rússia e Irã, recuperara­m boa parte do território ocupado por rebeldes. Uma ofensiva em Idlib, último bastião rebelde, foi revertida na semana passada após acordo entre Rússia e Turquia para criar uma zona desmilitar­izada.

O chanceler também criticou as pressões sobre a formulação de uma nova Constituiç­ão. Nesta semana, os EUA e outros seis países formaram um comitê para redigir uma nova lei máxima para promover uma transição política no país. “Quaisquer condições no trabalho do comitê não serão aceitas.”

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