Avessa à política, doméstica desiludida com Lula e o PT rejeita os candidatos a presidente
são paulo No dia em que milhares de manifestantes foram às ruas protestar contra o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), a empregada doméstica Antônia Rodrigues Oliveira, 62, viajou até Minas Gerais para um casamento. Não viu as notícias no sábado (29), nem se importou quando soube.
Ela diz não ter interesse na vida pessoal do líder da corrida presidencial, que no passado foi acusado pela ex-mulher de esconder o patrimônio e fazer ameaças em meio a uma disputa pela guarda do filho do casal. Também dá de ombros quando ouve falar de suas ofensas às mulheres.
O que mais assusta Antônia é a promessa do capitão reformado do Exército de que irá liberar o porte de armas sem as restrições previstas pela legislação brasileira. “Se ele der arma para todo mundo, vai ser uma guerra”, ela afirma.
Na noite de domingo (30), Antônia reuniu parte da família para ver os candidatos no debate promovido pela TV Record. Bolsonaro, que ficou em casa por ordem dos médicos que o acompanham desde que levou uma facada no início do mês, virou alvo preferencial dos adversários.
Eleitora do PT nas últimas quatro disputas presidenciais, Antônia não sabe em quem votar desta vez. Decepcionouse com o partido ao ver Luiz Inácio Lula da Silva envolvido com corrupção e acha que o ex-presidente mente sobre o tríplex e o sítio que empreiteiras reformaram para ele.
são paulo No dia em que milhares de manifestantes foram às ruas protestar contra o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), a empregada doméstica Antônia Rodrigues Oliveira, 62, viajou até Minas Gerais para um casamento. Não viu as notícias no sábado (29), nem se importou quando soube.
Ela diz não ter interesse na vida pessoal do líder da corrida presidencial, que no passado foi acusado pela ex-mulher de esconder o patrimônio e fazer ameaças em meio a uma disputa pela guarda do filho do casal. Também dá de ombros quando ouve falar de suas ofensas às mulheres.
O que mais assusta Antônia é a promessa do capitão reformado do Exército de que irá liberar o porte de armas sem as restrições previstas pela legislação brasileira. “Se ele der arma para todo mundo, vai ser uma guerra”, ela afirma.
Na noite de domingo (30), Antônia reuniu parte da família para ver os candidatos no debate promovido pela TV Record. Bolsonaro, que ficou em casa por ordem dos médicos que o acompanham desde que levou uma facada no início do mês, virou alvo preferencial dos adversários.
Eleitora do PT nas últimas quatro disputas presidenciais, Antônia não sabe em quem votar desta vez. Decepcionouse com o partido ao ver Luiz Inácio Lula da Silva envolvido com corrupção e acha que o ex-presidente mente sobre o tríplex e o sítio que empreiteiras reformaram para ele.
A maioria à sua volta já decidiu. A irmã sempre apoiou os candidatos tucanos e agora é uma seguidora entusiasmada de Bolsonaro, que duvida das urnas eletrônicas, acredita em notícias falsas e acha que jornais e redes de televisão recebem dinheiro para criticar seu candidato.
O marido, que trabalha com pequenas obras e reformas e sempre votou no PT, está entre aqueles que consideram
para estudantes que concluírem o ensino médio antes de ingressar no mercado de trabalho. Antônia, que parou de estudar no terceiro ano do ensino fundamental, acha que as escolas públicas são muito ruins e os alunos só perderão tempo ali. “Os jovens têm que trabalhar, em vez de viver às custas dos pais”, afirmou.
Quando Ciro Gomes (PDT) falou de sua proposta de renegociação das dívidas de quem estiver com o nome sujo na praça, ela lembrou da explicação que ouvira sobre o assunto antes no rádio. “Ele é maluco”, disse. “Nunca vai conseguir fazer isso.”
Antônia acha que Haddad não foi um bom prefeito quando administrou São Paulo, entre 2013 e 2016, e esse é o motivo que apresenta para não vota no petista. Após duas horas observando os candidatos no domingo, ficou com a impressão de que são todos muito parecidos. “Vão todos afundar o Brasil ainda mais”, disse.